Eleições 2022

Kalil descarta apoio de PSD a Bolsonaro

O pré-candidato ao governo de Minas refuta aliança entre o partido e o presidente sem o seu consentimento e acordo entre a legenda e Lula sem o consentimento de Silveira

Por Gabriel Ferreira Borges
Publicado em 11 de maio de 2022 | 17:25
 
 
Kalil reforçou que o único posicionamento firmado dentro do PSD é o seu apoio à candidatura de Silveira ao Senado e o de Silveira a sua candidatura ao governo de Minas Foto: Amira Hissa/PBH/Arquivo

O pré-candidato ao governo de Minas Alexandre Kalil (PSD) assegurou que um eventual apoio do PSD à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser completamente descartado. Em sabatina da Folha de S.Paulo/UOL, nesta quarta-feira (11), o ex-prefeito de Belo Horizonte lembrou, inclusive, que a caminhada ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um 2º turno contra Bolsonaro já é ponto pacífico no partido

Conforme Kalil, o PSD não irá formalizar uma aliança com Bolsonaro sem o próprio consentimento, nem irá firmar qualquer acordo com Lula sem a anuência do secretário nacional e presidente estadual, Alexandre Silveira. “Nós não podemos fazer isso. Nós temos um partido unido e vamos seguir unidos. Cada um pensa de um jeito. Agora, está todo mundo se protegendo; se protegendo. De uma forma absolutamente legítima; legítima”, afirmou.

O ex-prefeito argumentou que não está lidando com crianças no PSD. “Fiz uma mandato de cinco anos e 84 dias na Prefeitura de Belo Horizonte, e, claro, que se eu não tivesse a palavra do meu partido ‘oh, pode levantar da cadeira e sair candidato para o governo’...uma das premissas pelas quais eu entrei no PSD, que tem que ficar claro para acabar essa onda, é que tem muita gente séria lá dentro”, concluiu.

Embora Kalil tenha deixado claro o desejo por uma aliança formal com Lula, a bancada mineira de deputados federais do PSD, por outro lado, já deixou claro a Silveira a vontade por apoiar Bolsonaro. A bancada é composta pelos deputados Diego Andrade, Misael Varella, Stefano Aguiar e Subtenente Gonzaga. Além disso, Silveira foi novamente convidado pelo Palácio do Planalto para ser o líder de governo de Bolsonaro no Senado

Apesar do posicionamento dos correligionários, o pré-candidato ao governo de Minas não considera o quadro complexo. “Primeiro, é uma bancada de três, que, agora, tem quadro (Subtenente Gonzaga se filiou na última janela). A aliança foi feita entre o presidente do PSD (Gilberto Kassab), o presidente do Congresso (Rodrigo Pacheco), o candidato ao governo e o candidato ao Senado (Silveira). Vamos deixar isso muito claro. Quem vai decidir isso é quem, hoje, está na chapa, junto com o presidente do partido”, enfatizou.

Kalil acrescentou que quem conversa sobre a aliança entre PSD e PT são o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. “Agora, nós temos que acertar. O Lula disse em alto e bom som que interessa a aliança com Alexandre Kalil. O Kalil está falando aqui em alto e bom som, para o Brasil inteiro, que interessa a aliança com o presidente Lula”, concluiu.