MINERAÇÃO NA SERRA DO CURRAL

Empabra entra na Justiça para anular interdição da Prefeitura de Belo Horizonte em mina localizada na Serra do Curral

Prefeitura de Belo Horizonte interditou mina por suposta atividade ilegal, mas empresa alega que o trabalho busca evitar risco geotécnico.

Por Mariana Cavalcanti
Publicado em 25 de maio de 2024 | 12:24
 
 
 

A mineradora Empabra entrou com uma ação judicial para anular a decisão da Prefeitura de Belo Horizonte, que interditou uma mina na Serra do Curral e suspendeu suas atividades. A interdição, segundo a PBH, teria sido motivada por denúncias de atividade minerária ilegal na área.

Na quarta-feira da semana passada (15), a prefeitura realizou uma operação de fiscalização na Mina Corumi, conduzida por servidores das secretarias de Meio Ambiente e Política Urbana e pela Guarda Municipal, que teriam encontrado atividades de mineração sem as devidas licenças. Com isso, a PBH notificou a Empabra por crime ambiental gravíssimo e à aplicação de uma multa de R$ 64.945,69. Em caso de descumprimento da interdição, a multa aumenta em R$ 27.957,82, valor que pode dobrar sucessivamente em casos de reincidência.

Segundo a prefeitura, a interdição foi motivada por denúncias de moradores sobre a movimentação de caminhões na área, sugerindo a extração e transporte de minério sem o devido licenciamento ambiental. Uma vistoria municipal também teria identificado a retirada de minério, desassoreamento de estruturas de drenagem e outras atividades de mineração. Um relatório, então, foi encaminhado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) e à Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), solicitando a interdição imediata das atividades da Empabra.

Na ação judicial que pede a anulação da decisão da prefeitura, a Empabra argumenta que há uma pilha de minério na mina com instabilidade, apresentando risco de deslizamento e extravasamento de material, o que poderia apresentar riscos às pessoas e propriedades da região. A Agência Nacional de Mineração (ANM), segundo a mineradora, teria determinado a retirada de 392.250 toneladas do material empilhado até o início de junho de 2024. A empresa alega que a interdição da Prefeitura interfere nessa determinação, comprometendo a segurança da área.

Conforme a PBH, para ser garantida a interdição, equipes da Guarda Municipal vão monitorar a área. Viaturas da corporação foram estacionadas no portão de acesso, impedindo a saída de caminhões.

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