O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) repudiou ontem as agressões de grupos pró-governo a enfermeiras e jornalistas nos últimos dias e defendeu que é necessário "impor a ordem legal a esse grupo que confunde fazer política com tocar o terror". Em nota, o presidente se manifestou após repórteres e fotógrafos serem agredidos com socos e chutes em uma manifestação com a presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Brasília neste domingo.
"Ontem enfermeiras ameaçadas. Hoje jornalistas agredidos. Amanhã qualquer um que se opõe à visão de mundo deles. Cabe às instituições democráticas impor a ordem legal a esse grupo que confunde fazer política com tocar o terror. Minha solidariedade aos jornalistas e profissionais de saúde agredidos. Que a Justiça seja célere para punir esses criminosos. No Brasil, infelizmente, lutamos contra o coronavírus e o vírus do extremismo, cujo pior efeito é ignorar a ciência e negar a realidade. O caminho será mais duro, mas a democracia e os brasileiros que querem paz vencerão”, disparou Maia.
O presidente da Câmara fez referência às agressões de militantes a favor do presidente a um grupo de enfermeiros que, na sexta-feira, se manifestavam pelo isolamento social e em homenagem a morte de colegas no combate à pandemia. Eles foram interrompidos por três bolsonaristas que xingaram os profissionais de saúde. Um deles chegou a empurrar uma enfermeira. O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal identificou os agressores e afirmou que irá processá-los.