Depois de uma manhã de assembleia na sede do Crea-MG, prefeitos da diversas cidades do Estado seguiram em carreata para a sede do governo na Cidade Administrativa para cobrar os repasses constitucionais do governador Romeu Zema (NOVO). No entanto, voltaram sem nenhuma resposta. A expectativa era que eles fossem recebidos pelo governador, mas quem se reuniu com o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda, e mais cinco diretores da associação foi o secretário de governo Custódio Mattos (PSDB). 

“Ele (Custódio Mattos) não deu uma posição clara do que vai ser feito e se comprometeu que o governador vai fazer um anúncio hoje ainda, no mais tardar amanhã de manhã, falando como ele vai fazer para regularizar a situação porque isso até agora não aconteceu. Até agora, o governador não deu nenhuma manifestação a respeito da questão dos municípios”, contou Lacerda.

O atual governo não fez os depósitos para os municípios da semana passada. O montante já chega R$ 342 milhões referentes ao ICMS, segundo cálculos da AMM. Amanhã, é esperado que o Estado deposite R$ 83 milhões para as prefeituras relativos ao imposto.

O presidente da AMM explicou que a cobrança dos prefeitos é para que os repasses voltem a ser feitos em dia. “Queremos que o governo regularize os repasses constitucionais. O que tem que ser feito é determinar que voltem os repasses do IPVA diariamente e do ICMS semanalmente, de forma integral, não é parcial. Isso é a resolução imediata que ele tem que fazer”, declarou Julvan Lacerda.

Ele ainda afirmou que sabe da situação fiscal do governo de Minas e destacou que o valor devido pelo governo anterior de Fernando Pimentel, R$ 12, 3 bilhões, poderá ser negociado. “O que nós vamos construir de acordo para frente é a questão do pagamento dos anteriores. Isso nós estamos tranquilos para poder esperar, pois sabemos que o Estado está quebrado e vamos construir. Isso já está deliberado na nossa assembleia. Mas a regularização de repasses de dinheiro que está entrando no caixa não é para esperar não, isso tem que ser imediato”, afirmou.