Após o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), informar na tarde desta quarta-feira (11) que vai sancionar parcialmente o projeto de lei que trata da recomposição salarial para os agentes da segurança, o representante da categoria, tenente-coronel da reserva da Polícia Militar Domingos Sávio de Mendonça, pregou cautela para a categoria e pediu para a classe não agir com emoção.
Segundo Mendonça, o governador e a equipe econômica fizeram o que podiam nesse momento, mas acredita que todos os atores do processo – Executivo, Legislativo e entidades de classe – devem continuar o processo de negociação porque, para ele, a adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal não impede a reposição salarial.
“Vamos ter um pouco de paciência e entender que os 13% que já teríamos, vamos ter, mas o governo não fechou a porta pra ninguém pra discutir o restante da reposição. Acho que o momento é de prudência e não de exacerbação porque o país realmente vive grande crise. Muita cautela nessa hora, não é hora de agir com emoções”, afirmou.
No texto enviado por Zema à ALMG em fevereiro, ele estabelece que a recomposição seguirá a seguinte ordem: 13% a partir de 1º de julho, 12% a partir de setembro de 2021 e outros 12% a partir de setembro de 2022. O gestor decidiu vetar o 2º e 3º artigos, que garantem o reajuste nos próximos anos. Com isso, na prática, os agentes de segurança terão garantida apenas a recomposição para este ano.
“Até setembro do ano que vem tem muito tempo para negociar. Não considero que Romeu Zema traiu a segurança pública, tenho a convicção de que só não sancionou para evitar cair a liminar (no Supremo Tribunal Federal) que suspende os pagamentos. Vocês queriam que sancionasse e voltasse o parcelamento? Foi um ato de responsabilidade, precisamos compreender e ter a seriedade de ajudar a aprovar as medidas para erguer o Estado de Minas e garantir a reposição salarial, não só das forças de segurança, mas professores da educação”, declarou.