‘Só depende do PSD’, diz Reginaldo Lopes sobre aliança com Kalil em Minas

O impasse entre PT e PSD continua longe de uma solução. Em entrevista ao quadro Café com Política da Rádio Super 91,7 FM, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT), que também é cotado para disputar o Senado pelo partido, disse que a aliança só depende de um aval da sigla do pré-candidato ao governo e ex-prefeito de BH, Alexandre Kalil. A principal questão que atrapalha o acordo é a vaga ao Senado. Enquanto o PT não abre mão de Lopes, os pessebistas querem o presidente do partido e senador, Alexandre Silveira.

“Na minha opinião, só depende do PSD. A legislação permite ter candidaturas ao Senado isoladas, ou seja, uma aliança formal para o governo e ter alianças diferentes para o Senado. Não faço questão nenhuma que o partido retire a candidatura do Silveira. Não vou pedir a um aliado isso, e o desenho mais provável é que faça a aliança formal com o Kalil e uma diferente ao Senado”, declarou.

Questionado se falta vontade do PSD em formalizar o apoio à candidatura do ex-presidente Lula, Lopes foi enfático. “Eu acho que de fato não é razoável que o PSD impeça um partido do tamanho do PT de ter uma candidatura ao Senado. É o candidato do presidente Lula, dos mineiros e mineiras, e tem um objetivo de alinhar a reconstrução do Brasil com os interesses de Minas. Como o PSD que já tem o governo, a vaga para vice, que serão meus possíveis candidatos, quer o Senado e ainda impedir nossa candidatura?”, questionou.

Erro ao não deixar o PSD

Durante as negociações para a candidatura, o ex-prefeito foi convidado para integrar o PSB e disputar a eleição pelo partido, que é aliado nacional do PT. Para Reginaldo Lopes, Kalil deveria ter aceitado a mudança. “Na minha opinião pessoal, cometeu um erro. Se tivesse ido para o PSB teria mais autonomia. Tudo indica que quem comanda a campanha é o Alexandre Silveira. E o Kalil passou a ser refém do partido e do Silveira, isso é muito ruim para o perfil dele”, enfatizou.

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