O governador Romeu Zema (Novo) não descartou a possibilidade de concorrer ao governo federal nas eleições de 2026. Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, o governador mineiro afirmou que está à disposição para ser “o nome da direita” e que, caso não seja escolhido, irá apoiar o melhor candidato da direita para o país. Ele ainda defendeu uma união da direita no Brasil e disse acreditar que Bolsonaro seja um bom articulador.

Questionado se tem interesse em se candidatar à presidência da República nas próximas eleições, Zema disse que depende da decisão do partido e que, no momento, está concentrado na gestão de Minas Gerais:

“Nós somos um partido de propostas, um partido que chova canivete ou água, não mudamos de posição. Eu estou hoje à frente de Minas para fazer o melhor pelo estado. Se tivermos uma boa gestão, formos bem avaliados, talvez esse caminho possa se concretizar no futuro, mas ainda não me preocupo com isso. Mas, em 2026, eu vou estar de prontidão para apoiar o melhor candidato da direita, porque o que temos hoje não acerta e eu me sinto convocado automaticamente”, destacou Romeu Zema. 

O governador mineiro, que não poupou críticas ao atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a entrevista, ainda ressaltou que espera que o ex-presidente Jair Bolsonaro lidere uma união da direita, mesmo que ele não possa se candidatar nas próximas eleições:

“Nas análises do que pode acontecer com a economia do Brasil nos próximos anos, sabemos que bom não vai ser... E a figura do presidente Bolsonaro terá um peso gigante nas eleições de 2026. Ele pode não ser candidato, mas o nome que ele apoiar com toda certeza terá um resultado extraordinário. Ele, como grande líder da direita, tinha que estar unindo e pensando. Imagino que, quando passar as eleições municipais, vai começar um movimento para a direita caminhar mais unida, porque se caminhar separada fica difícil”. 

Eleições municipais

Sobre as eleições municipais de 2024, o governador Zema destacou que o partido novo já te com pré-candidata à Prefeitura de Belo Horizonte, a atual secretária de Estado de Planejamento, Luísa Barreto, que ele definiu como um “nome excepcional”. Ao ser perguntado sobre o cenário eleitoral da capital mineira, o governador ainda citou a candidatura do deputado estadual Bruno Engler (PL) e do atual prefeito Fuad Noman (PSD), mas não citou os nomes dos pré-candidatos de esquerda.

“Temos o atual prefeito Fuad, que vai disputar com o Bruno Engler, que terá o apoio do Bolsonaro. Vai ter um candidato do PT, não sei quem será, me parece que o PSOL também. Está tudo muito indefinido, tudo pode mudar, mas é claro que quem ocupa o cargo já tem mais visibilidade”, afirmou durante a entrevista.