Na abençoada Arena Condá, são Victor não faz milagre. Depois de dois jogos e 180 minutos sem gols, a disputa da vaga às quartas de final da Copa do Brasil parou nos pênaltis. Mas desta vez, mesmo pegando uma, o camisa 1 não evitou a eliminação do Atlético na competição mata-mata. Ricardo Oliveira e Róger Guedes, por coincidência, os artilheiros do time na temporada, desperdiçaram as penalidades e Chapecoense venceu a disputa por 4 a 3.
O Galo deixa de ganhar mais R$ 3 milhões na milionária competição e, de agora até o fim do ano, só tem o Campeonato Brasileiro em disputa já que, na semana passada, com um time reserva também “abriu mão” da Sul-Americana.
Mais do que isso, o time mineiro sofre sua segunda eliminação precoce em Copas na temporada. Após cair na Sul-Americana, na semana passada, o presidente atleticano, Sérgio Sette Câmara disse que a competição não era importante e não seria priorizada pelo Galo. Agora, o clube tem pela frente apenas o Brasileiro.
O técnico Thiago Larghi surpreendeu na escalação, deixando Gabriel no banco, montando a zaga com Bremer e Leonardo Silva. No setor ofensivo, Cazares e Otero também iniciaram o jogo, com Luan entre os reservas.
Mesmo atuando longe de seus domínios, foi o Galo quem tomou a iniciativa. Acompanhado de perto pelos pais nas arquibancadas, Róger Guedes era a válvula de escape do ataque alvinegro pela esquerda, tendo Cazares para armar o jogo mais atrás.
Empurrada por seu fiel torcedor, a Chape, aos poucos, encontrava seu espaço e passava a incomodar com certo perigo. Apesar da disposição em campo, o primeiro tempo, no fim das contas, foi de baixa qualidade técnica. E o Galo só não saiu no prejuízo porque o goleiro Victor salvou uma daquelas bolas.
O alvinegro voltou para a segunda etapa com novo gás, mas ele durou poucos. A equipe catarinense passou a agredir perigosamente, obrigando Victor a trabalhar bem Otero, que não se justifica apenas pela bola parada, foi sacado, assim como Gustavo Blanco, mal também. Entraram Erik e Elias. Só que o time mineiro não estava se encontrando, salvo alguns lampejos, em arremates de Cazares. Ricardo Oliveira foi outro que teve atuação apagada.
Não teve como. A vaga ficaria mesmo para os pênaltis. E com Fábio Santos expulso no fim da partida, o Galo perdeu seu principal cobrador de penalidades. Ricardo Oliveira e Róger Guedes não converteram para o Galo. Victor pegou um, de Bruno Pacheco, mas não foi o suficiente para a vitória na disputa penal. As penalidades convertidas pelo Verdão foram de Wellington Paulista, Luiz Antônio, Nadson e Rafael Thyere. Luan, Leonardo Silva e Cazares marcaram para os mineiros.