A pedido do técnico Jorge Sampaoli, Thiago Neves chegou a ter um acordo para vestir a camisa do Atlético em setembro de 2020, mas não vingou. A repercussão negativa da torcida alvinegra em relação ao jogador ex-cruzeiro pesou para o clube voltar atrás da decisão. O ex-diretor de comunicação do Galo relembrou a polêmica.
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Em entrevista ao Bora Para Resenha Podcast, Domênico Bhering, que deixou o clube alvinegro após a posse do atual presidente Sérgio Coelho, em janeiro de 2021, falou sobre o assunto e conversas que teve na época com o então diretor de futebol Alexandre Mattos e Sérgio Sette Câmara, ex-mandatário do clube.
“Uns 10 dias antes daquela confusão, chegou para mim, não sei se pelo Alexandre Mattos ou pelo próprio Sette Câmara que existia a possibilidade. Eu falei ’cês tão louco. Não tem a menor condição’. Dai falaram ‘é, estamos vendo e tal’. O assunto morreu e eu pensei que tinham desistido dessa loucura”, relembrou o diretor.
Em setembro de 2020, enquanto o Atlético disputava o Campeonato Brasileiro e tinha o argentino Sampaoli como técnico, o clube chegou a acertar com o jogador, na expectativa de que as polêmicas relacionadas a ele, quando vestia a camisa do maior rival alvinegro fossem esquecidas.
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“Eu lembro que o Sérgio (Sette Câmara) falou pra eu ficar atento, porque o Alexandre ia me ligar, porque a qualquer momento eles podiam anunciar o Thiago Neves. Eu falei: ‘isso é loucura’. O presidente disse que concordava, que era um jogador polêmico, mas que acreditava que ele poderia chegar e decidir os jogos e mudar a história. Eu falei que acreditava nisso para uma porrada de jogadores, mas sobre Thiago Neves, não”, revelou o jornalista.
Antes mesmo do jogador ser anunciado pelo clube, o Atlético precisou voltar atrás. A torcida não aceitou a contratação e a repercussão foi muito negativa.
“Quando saiu a notícia de que podia assinar, caiu como uma bomba e eu comecei a alertar o presidente e ele desconversava. Falava com Mattos também. Eu pensava ‘eles tem que desistir disso’. Bateu ali uma certeza de que a repercussão realmente seria péssima e que não haveria ambiente. Foi uma loucura’, contou Domênico