O último reforço anunciado pelo Atlético, Cristian Pavón, possui uma punição de seis jogos para cumprir, emitida pela Conmebol, após confusão em julho de 2021, no Mineirão, em que o atacante foi um dos protagonistas. Por conta dos jogos de gancho, o jogador não poderá disputar o torneio pelo Galo nesta temporada, mas um advogado especialista em direito desportivo acredita que o clube pode reverter a situação. 

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O Boca disputou a Libertadores nesta temporada, mas não inscreveu o jogador. A equipe entrou em campo seis vezes pela fase de grupos e uma pelas oitavas de final (disputa com o Corinthians uma vaga nas quartas). Com isso, ele não poderia representar o Galo em 2021, já que precisa cumprir esses jogos. Gustavo Lopes, advogado especialista em direito desportivo, acredita que o Galo consegue tentar contar com o jogador. 

“O Boca é o time que Pavón jogava. O Pavón somente pode praticar futebol profissional pelo Boca. Ao inscrever os atletas, o Boca analisou: ‘eu não vou inscrever o Pavón, porque se eu inscrever, eu vou perder uma vaga, já que ele não pode jogar’. O objetivo da pena foi que ele não disputasse a Libertadores. O objetivo foi alcançado? Acredito que sim, porque o Boca não inscreveria o atleta à toa”, disse em vídeo. 

Para o advogado, Pavón já cumpriu a pena, não disputando a Libertadores neste primeiro semestre.

“Aí o Boca foi beneficiado, porque o Pavón vai cumprir a pena sem ser inscrito e o Boca vai ter um jogador a mais para usar? Mas a pena foi para o jogador e não para o clube. O atleta que precisa ser impedido de jogar e ele foi. O resultado objetivo prático da pena foi alcançado. O clube que o Pavón joga, estava na Libertadores e o Pavón não disputou, porque não foi inscrito. Logo, o entendimento, tem princípios do direito que podem ser observados, eu entendo que o Pavón já cumpriu sua pena”, explicou. 

Relembre o caso

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Após a eliminação do Boca Juniors para o Atlético, nas oitavas de final da Libertadores, jogadores do time argentino iniciaram uma confusão já no túnel de acesso aos vestiários. O jogo foi quente, principalmente no meio do segundo tempo, quando o VAR invalidou um gol marcado pelo Boca Juniors.

Jogadores do Boca Juniors foram para cima da comissão técnica do Atlético, que já se encaminhava para o vestiário, após a vitória. Houve quebra-quebra e tentativa de invasão ao vestiário do Atlético. A polícia militar precisou intervir para separar os envolvidos. Todo o grupo do Boca foi pra cima da PM, que liberou gás de pimenta e separou a confusão.