Tudo igual

Em jogo cheio de polêmicas, Cruzeiro e Fluminense empatam no Mineirão

O destaque da partida foi o VAR, que apareceu em diversos momentos e acabou roubando a cena

Josias Pereira| @SuperFCoficial
09/10/19 - 23h34

Nove de outubro de 2019. 24ª rodada do Brasileirão, a quinta do returno. O calvário do torcedor do Cruzeiro parece não ter fim. Mais um gol anulado pelo VAR, mais chances desperdiçadas que, por capricho seja da trave ou do nervosismo visível em um momento como o atravessado pela Raposa, fizeram com que o placar não saísse de um 0 a 0 contra o Fluminense, um rival direto na briga contra o descenso. Já são sete jogos sem conhecer o gostinho da vitória no torneio nacional, dois pontos para o Ceará, hoje o 17º colocado, e cinco para o CSA, agora fora da zona de rebaixamento.

A situação celeste segue crítica, em um jogo onde pode ter sobrado entrega, mas faltou o mais fundamental no futebol: a bola na rede. Uma partida onde o torcedor, em seu sofrimento, só faltou entrar dentro de campo para chutar uma bola sequer lá no fundo das redes e não deixou de expressar sua fúria contra a atual administração do clube, protestando com faixa e cânticos contra o presidente Wagner Pires. É o estado celeste, que no próximo domingo vai a Chapecó para mais uma missão complicada: encarar a Chapecoense em outro jogo dos desesperados. 

O jogo era de tudo ou nada e o Cruzeiro começou a partida como manda o figurino: no abafa. O trio com David, Sassá e Fred já dava a dinâmica da pressão que seria exercida e o time se jogou para cima do Fluminense com os laterais subindo, todo mundo se mandando para frente na tentativa de derrubar a meta defendida por Muriel.

O Cruzeiro teve nos pés a possibilidade de abrir o marcador. Sassá esteve quase lá após um rebote do goleiro do Flu, mas a bola morreu nas redes pelo lado de fora. Teve ainda finalizações de Egídio e David, mas nada de gol. A fase não perdoa. Como é custoso para o time celeste balançar as redes. Não importa o tipo de blitz exercida. Recuado, o Fluminense só chegou à primeira presença na área aos 20 min de jogo. E depois disso conseguiu dar uma tranquilizada no ímpeto celeste, que chegava na área, principalmente buscando Sassá, na parede, mas sem saber muito bem o que fazer com a bola. 

Uma partida que o VAR também foi o personagem. O árbitro Jean Pierre chegou a expulsar Yuri, do Fluminense, após o atleta deixar o pé em Jadson. Só que depois desconsiderou o cartão ao rever o lance, aplicando o amarelo. Na sequência do lance, parecia que o jogo prosseguiria. No entanto, o juizão voltou ao VAR para confirmar um desentendimento de Fred com Ganso, amarelando o camisa 9 do Cruzeiro. 

Jean Pierre voltaria a ser figura chave no jogo na segunda etapa. Com Abel sacando David e promovendo a entrada de Marquinhos Gabriel, o Cruzeiro meteu uma bola no travessão com um minuto de jogo. Edílson acertou uma pancada de fora da área. Cinco minutos depois, Egídio cruzou para a área e encontrou Fred, que mandou para o fundo das redes. Parecia o gol do alívio. Mas em tempos de VAR nada é garantido. O juizão reviu o lance e assinalou uma falta para lá de controversa de Robinho em Gilberto. O jogador celeste ainda levou um amarelo. Dramático. Mais uma vez, o Cruzeiro teve um gol anulado pela revisão. Cenário desolador para a torcida no Mineirão. 

A Raposa não tirou o pé do acelerador, indo para cima do Tricolor na base do desespero total. Só que atacar com tudo que tem direito para o Cruzeiro atual não significa gol. Abel mandou a campo ainda os garotos Vinicius Popó e Maurício, mas os erros de passe, aquele capricho para encontrar a melhor opção persistiu. Nunca fazer 45 pontos foi tão difícil.

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