Três meses, esse foi o período em que Felipão foi técnico do Cruzeiro. Apesar de conseguir livrar o time do rebaixamento à terceira divisão, foram muitos os problemas enfrentados pelo treinador nos bastidores do clube, como revelou o empresário do treinador, Jorge Machado, na manhã desta terça-feira (12).

“No Cruzeiro o Felipão atingiu até mais do que o objetivo total. Era livrar o Cruzeiro do primeiro ano da terceira divisão, que estava horroroso. Fez uma campanha para chegar em G-4 e no segundo ano subir. Como ele atingiu o objetivo de escapar muito antes do tempo previsto, as cobranças começaram a vir para que ele fosse ao G-4”, disse.

Felipão chegou ao Cruzeiro em outubro de 2020, à época, para substituir Ney Franco. O time celeste estava na penúltima colocação da segunda divisão, com apenas 12 pontos conquistados em 15 rodadas. Segundo Jorge Machado, foram feitas promessas por parte da diretoria, que não foram cumpridas.

"Eles não cumpriram com nada, mentiram, foi uma diretoria mentirosa falaram que bancariam o Felipe e a situação do plantel, salários atrasados, falta de pagamento de funcionários. Teve época que o Felipão teve que tirar do bolso para pagar passagem para jogadores viajarem”, revelou, em entrevista à Rádio Grenal.

O empresário ainda contradisse a versão oficial sobre a saída do treinador, que ocorreu em janeiro deste ano. “Não foi uma pedida deles, quem pediu para sair do Cruzeiro foi o Felipe no final do ano, quando ele terminou e livrou o Cruzeiro da terceira divisão. Muito antes de terminar o campeonato, chamaram o Felipe para fazer um planejamento para o outro ano e o Felipe pediu o boné, quis sair”, explicou.

Jorge Machado ainda contou sobre a indisposição com os investidores do clube, que não cumpriram com o combinado quando Felipão foi contratado. "Patrocinadores que prometeram no dia da contratação o vestiário para que o Felipe não tivesse problema, e teve e muito esse problema. As mesmas pessoas que fizeram isso abandonaram o Cruzeiro quatro ou cinco rodadas depois, por problema político", concluiu.