Queda de rendimento

Má fase do Cruzeiro gera debate sobre encaixe da dupla Romero e Henrique

Volantes vêm apresentando um momento de oscilação que reflete tanto na saída de bola quanto no aspecto de proteção ao sistema defensivo

Josias Pereira| @superfcoficial
21/05/19 - 12h55

A má fase do Cruzeiro engloba todo o time. Todavia, existe um setor específico que vem se destacando de forma negativa neste período sem vitórias: os volantes celestes. Para além do meio-campo criativo, que vem sofrendo com a queda de produção de Rodriguinho, Henrique e Lucas Romero vem apresentando um momento de oscilação que reflete tanto na saída de bola quanto no aspecto de proteção ao sistema defensivo. 

"Nossa maior característica era não tomar gols, um time que era forte na defesa, mas não é só a defesa que tem que melhorar. Somos todos nós. Temos que ser homens nessa hora, assumir as responsabilidades, a gente sabe que não estamos em boa fase, mas temos que aproveitar a semana cheia para lutar, se reforçar, e todo mundo se esforçar para tirar o Cruzeiro dessa situação", analisou o argentino Romero. 

A transição defeituosa e a recomposição que não vem sendo feita com tanta perfeição estão sobrecarregando o trabalho de Léo e Dedé. A questão dos volantes do Cruzeiro não é um problema novo. Na última temporada, Mano Menezes precisou mexer na dupla, sacando Ariel Cabral e promovendo a entrada de Lucas Silva em um momento de extrema tensão na Copa Libertadores. A presença do volante, que pertence ao Real Madrid, chamou a atenção no empate por 0 a 0 com a Universidad de Chile, mas mostrou-se a melhor saída, tanto que o jogador assumiu a condição de titular. 

Lucas Silva coloca-se mais uma vez como uma opção nesta temporada, pelo menos até a parada para a Copa América, quando o atleta e o Cruzeiro terão que solucionar sua sequência ou não na Raposa. Seu vínculo de empréstimo vai até o fim de junho. Outro nome é Jadson, que mostrou sua versatilidade em várias partidas nesta temporada, além do próprio Ariel Cabral e até mesmo contar com Robinho no setor, algo que mostrou-se temerário no 4 a 1 aplicado pelo Fluminense. 

O capitão Henrique, que passou longe de uma grande performance no sábado, reconhece o momento ruim, mas acredita que o trabalho e a responsabilidade de cada atleta na busca por resultados melhores trarão àquela injeção de ânimo que o torcedor tanto aguarda. 

"Mesmo nas derrotas, a gente não sofria tantos gols. Então é preciso rever isso, ver o que nossa equipe não está produzindo, trabalhar no que podemos melhorar, para que possamos corrigir e tornar o caminho das vitórias mais fácil", avaliou o capitão, destacando que essa resposta precisa vir de forma rápida. O Cruzeiro não quer esperar a parada da Copa América para corrigir seus erros. 

"Até lá (parada para a Copa América) tem muita coisa para acontecer e não podemos ficar pensando lá na frente. Chegou o momento, temos que ir para cima dessa fase, encarar com trabalho, dedicação, se esforçar ainda mais, fazer uma análise do que podemos melhorar, para aí sim, um grupo muito fechado, sempre unido, pronto para reverter todo esse momento", concluiu. 

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.

Leia também: