Ronaldo anunciou recentemente que Cruzeiro e Mineirão caminham para a formatação de um acordo que viabilize o estádio como a casa da Raposa nesta temporada. Acionista majoritário da SAF celeste, o Fenômeno optou por retirar o time estrelado do Gigante da Pampulha após analisar números e registrar prejuízos com a operação do maior estádio do estado. Todavia, a relação entre as partes ganhou um novo capítulo de entendimento. O jogo contra o Pouso Alegre, no próximo domingo (13), será no Mineirão e Ronaldo destacou que as conversas para um acordo caminham para números sustentáveis. 

A Minas Arena foi procurada pela reportagem do Super.FC para falar sobre esta volta do Cruzeiro ao Mineirão e a possibilidade de um denonominador comum favorável a todos. A empresa destacou as conversas com a diretoria da SAF celeste e apontou ainda sua abertura para a possibilidade de ativações que gerem receitas para o Cruzeiro. 

"As conversas estão avançando e já houve acordo para a realização da partida entre Cruzeiro e Pouso Alegre, no próximo domingo (13). O Mineirão entende a atual situação do Cruzeiro e está à disposição para ajudar, inclusive, desenvolvendo projetos e parcerias comerciais com o intuito de obter novas receitas para o clube", destacou a empresa. 

Relação público x custo operacional do Mineirão

Ronaldo, quando da decisão de levar os jogos do Cruzeiro para o Independência, mostrou certa insatisfação com os números do Mineirão. O Super.FC calculou que as cifras negativas nas partidas contra o América e Democrata-GV chegaram a R$ 20.194,75, direrente dos valores mostrados pelo Fenômeno. 

Para dirimir os problemas, a Minas Arena atentou para a prévia operação do jogo, destacando que os custos operacionais de uma partida são baseadas na expectativa do público. 

"O estádio faz, inclusive, direcionamentos para a abertura de mais ou menos setores na tentativa de redução de custos. De uma forma geral, a melhor forma de se obter um resultado financeiro satisfatório está no planejamento do jogo, definindo adequadamente a previsão do público e a precificação dos ingressos", pontuou a MInas Arena, em resposta ao Super.FC. 

"O custo operacional do jogo está diretamente relacionado à previsão de torcedores. Quanto maior a relação entre o público previsto e o público pagante, melhor o resultado final e mais baixo será o custo por torcedor. Além disso, existem custos que não estão diretamente relacionados ao público, como por exemplo, energia elétrica (iluminação esportiva) e o custos de operação da esplanada", justificou a Minas Arena.

Dívidas passadas existem, mas SAF pagou custos dos dois jogos de 2022 

A Minas Arena confirmou que ainda existem débitos em aberto do Cruzeiro com a operadora relativas à temporada passada, mas salientou que os dois jogos que o time disputou neste ano no estádio tiveram todos os seus custos pagos pela nova administração.

"Existem valores pendentes do ano passado, mas ainda em negociação. Vale ressaltar que o Cruzeiro sempre jogou no Mineirão quando quis. Com relação às duas partidas realizadas neste ano, os custos foram pagos, restando apenas valores em discussões referentes a danos patrimoniais", salientou a Minas Arena. 

O concessionária ainda pontuou que não existem valores em atrasos referentes aos débitos gerados pelas gestões Gilvan de Pinho Tavares e Wagner Pires de Sá. Um acordo realizado entre as partes em julho de 2020 prevê o início do pagamento a partir de julho de 2022 pelo período de 10 anos.