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Futebol de Várzea de BH garante segundo título seguido da Libertadores; entenda

Jogadores que começaram nos campos de terra da capital mineira são destaques em títulos de Flamengo e Plameiras

Por Da redação
Publicado em 30 de janeiro de 2021 | 20:55
 
 
Flamengo levantou a taça em 2019, enquanto o Palmeira nesta temporada Foto: Ricardo Moraes / Pool / AFP

Pelo segundo ano consecutivo, um jogador cria da várzea de Belo Horizonte foi um dos destaques de seu time ao conquistar um título de Libertadores da América. Em 2019, Bruno Henrique, pelo Flamengo, e agora, Breno Lopes, pelo Palmeiras.

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Melhor jogador da competição passada, o atacante rubro-negro é nascido e criado no terrão do bairro Concórdia, da Vila Tiradentes, região Leste da capital. Ele foi contratado pelo Cruzeiro em 2012, mas não chegou a jogar e acabou emprestado ao Uberlândia.

Em 2013, assinou em definitivo com a equipe do Triângulo. Depois, vestiu as camisas do Itumbiara-GO e do Goiás, entre 2015 e 2016.

O jogador explodiu para o futebol em 2016, quando foi determinante na vitória do Wolfsburg por 2 a 0 sobre o Real Madrid, no jogo de ida das quartas de final da Liga dos Campeões daquele ano.

Depois daquilo o jogador até recebeu sondagens de outros clubes europeus, mas acabou retornando ao futebol brasileiro em janeiro de 2017, contratado pelo Santos, por 4 milhões de euros, onde decolou de vez.

No Flamengo, Bruno Henrique, que custou R$ 23 milhões, se tornou uma peça indispensável na equipe comandada à época pelo técnico Jorge Jesus.

Por outro lado, Breno Lopes passou longe de ser um dos melhores jogadores do Palmeiras na campanha da Libertadores. No entanto, ele fez o gol decisivo do título, na final contra o Santos, neste sábado (30), no Maracanã, aos 54 minutos do segundo tempo.

Nascido em 24 de janeiro de 1996, Breno foi criado no bairro São Bernardo, na região Norte da capital, onde começou a jogar no futebol de várzea e até hoje vivem alguns familiares. Ele chegou ao sub-15 da Raposa, mas não conseguiu ser aproveitado.

O atleta chegou a desistir do futebol, mas, depois de um teste por indicação de um amigo em Porto Alegre, conseguiu uma vaga no São José. De lá, ainda na base, jogou pelo Cerâmica-RS e foi para Santa Catarina, onde se profissionalizou em 2016 pelo Joinville, sendo negociado com o Juventude em 2019. 

Depois, ele teve passagens pelo Figueirense e Athletico Paranaense, de onde, em novembro de 2020, foi negociado com o Palmeiras.