Manifesto

Bahia usará camisa 'manchada de óleo' alertando para vazamento em praias

Clube também publicou um manifesto questionando sobre a responsabilidade do vazamento de óleo em diversas praias do litoral nordestino

Por Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2019 | 13:24
 
 
Bahia entrará com camisa manchada de óleo e lançou manifesto Divulgação/Bahia

"O problema é seu. O problema é nosso". Nos últimos tempos, nenhum clube se envolveu em causas sociais como o Bahia. E o Tricolor voltou a mostrar esse caráter ao iniciar um manifesto em defesa das praias do Nordeste, que foram atingidas por manchas de petróleo desde o início de setembro. Para alertar sobre o impacto do tema, o clube entrará em campo com uma camisa manchada de óleo no duelo contra o Ceará, que terá início às 19h30 (horário de Brasília), no estádio de Pituaçu, em Salvador.

As manchas já atingiram 171 municípios dos nove estados nordestinos. A substância encontrada é a mesma em todos os locais: petróleo cru. Tal situação afetou a vida marinha e causou impactos diretos no cotidiano local.

A origem das manchas ainda está sob investigação.

🆘🏖 Vazou... também na camisa do Esquadrão.

Por medidas de redução do impacto ambiental e pela punição aos responsáveis, nossas camisas estarão manchadas de óleo no jogo de amanhã - como as praias do Nordeste. #BBMP

Leia o Manifesto ➡️ https://t.co/PRi5hxH2f5 pic.twitter.com/Yr8pVnfLKB

— Esporte Clube Bahia (@ECBahia) October 20, 2019

Confira o manifesto completo lançado pelo Bahia.

"O problema é seu. O problema é nosso.

Quem derramou esse óleo? Quem será punido por tamanha irresponsabilidade? Será que esse assunto vai ficar esquecido?

O Bahia é você, somos nós, cada ser humano.

É a forma como representamos o amor, o apego, o chamego, o sagrado, a justiça. O Bahia é a união de um povo que vibra na mesma direção, que respira o mesmo ar e que depende da mesma natureza para existir, para sobreviver.

Jogaremos nesta segunda-feira (21), contra o Ceará, em Pituaçu, com a camisa do Esquadrão manchada de óleo.

Um convite à reflexão: o que faz um ser humano atacar e destruir espaços sagrados? O lucro a qualquer custo pode ser capaz de destruir a ética e as leis que regem e viabilizam a humanidade?

A barbárie deve ser tratada como tal, não como algo natural".