Mudanças

Conselho da Fifa: Mundial de Clubes em novo formato e Copa 'inchada'

Em conselho nos EUA, entidade muda disputa interclubes para 24 times e de quatro em quatro anos

Por Da Redação
Publicado em 15 de março de 2019 | 14:57
 
 
Presidente da Fifa, Gianni Infantino Reprodução/Youtube/Fifa

A reunião do Conselho da Fifa trouxe medidas que devem ratificar mudanças para o calendário do futebol mundial. Em conferência nesta sexta-feira (15), em Miami, os manda-chuvas do esporte mais popular do mundo aprovaram uma mudança com resistência europeia. O Mundial de Clubes passará, a partir de 2021, a ser disputado a cada quatro anos, com 24 equipes e substiuirá a Copa das Confederações.

A aprovação do novo formato irá gerar revolta dos membros da UEFA, a união de futebol na Europa. Antes mesmo de a ideia ser votada favoravelmente na Fifa, a organização de clubes europeus já tinha verbalizado ser contra.

Fato é que, para 2019 e 2020, segue o modelo padronizado do Mundial, com sete times - o representante do país-sede, e os campeões da Libertadores, Champions League, Liga dos Campeões da AFC (Ásia), Liga dos Campeões da CAF (África), Liga dos Campeões da CONCACAF (América Central e do Norte), e Liga dos Campeões da OFC (Oceania). 

"Novo Mundial de Clubes não aumenta, mas diminui o número de jogo. Ele substituiu a Copa das Confederações e outras quatro edições do próprio Mundial de Clubes. Somos a única entidade que reduz e não aumenta o número de jogos", afirmou o presidente da Fifa, Gianni Infantino.

A distribuição de vagas para o "Novo Mundial" será com seis legendas para a América do Sul, oito para os europeus, três para asiáticos, africanos e norte-americanso (cada) e um para a Oceania. 

COPA DO MUNDO
As reformulações na mente de Infantino parecem ter pego a quinta marcha. Já para a Copa do Mundo no Catar, a ideia é transformar a disputa aberta para 48 Seleções. Seriam 12 a mais que o modelo em vigor, com 32 times distribuidos igualmente em oito chaves.

"Numa Copa com 48 seleções é maior a chance de haver surpresas. Desde o ponto de vista da qualidade, é uma decisão ótima", afirmou o mandatário da Fifa, que usou as ausências de Holanda, Chile e Camarões da Copa de 2018 como argumento.

O inchaço da Copa do Mundo, que deve acontecer já em 2022, pode ter como efeito colateral uma queda de qualidade. Afinal, com dois empates na primeira fase, possivelmente uma equipe já estará classificada. Serão 16 grupos de três times. Esta ideia estava aprovada na Fifa, mas para a Copa de 2026 em diante. 

"Depois de ser apresentado um estudo de viabilidade sobre o aumento do número de equipes de 32 para 48 na Copa do Mundo de 2022, o Conselho da FIFA reconheceu a conclusão do estudo de que a expansão do torneio para 48 equipes era viável, desde que países vizinhos hospedassem alguns jogos (com o Qatar como o principal país anfitrião)", diz parte do relatório da Fifa pós-conselho.