Pela terceira vez consecutiva, o Brasil é finalista na Liga das Nações (VNL) feminina. Em uma campanha marcada pela renovação, o elenco recheado de atletas jovens, lideradas pelo experiente Zé Roberto Guimarães, encontrou o estilo de jogo brasileiro para confirmar presença na primeira decisão do novo ciclo olímpico em uma partida de alto nível técnico.
A vitória contra a Sérvia na semifinal foi marcada por altos e baixos, em que a seleção começou nervosa, errando muito, e precispu correr atrás para derrubar as atuais campeãs mundiais. Novamente decisivo no bloqueio, o Brasil confirmou a vitória pelo placar de 3 x 1 (14/25; 25/18; 26/24; 25/18) e tem a chance de brigar pelo título ainda inédito da VNL.
Imparável, a oposta Kisy, do Gerdau Minas, foi a maior pontuadora da partida com 19 acertos, mas não brilhou sozinha. Júlia Bergmann, outra atleta de destaque da competição, marcou 16. Gabi (25) e Carol (13) também terminaram a partida com a pontuação na casa dos dois dígitos, evidenciando novamente o estilo de jogo equilibrado do elenco brasileiro.
A grande final é neste domingo, às 12h30, e o Brasil aguarda a definição de adversário na partida entre Itália e Turquia, ainda nesse sábado, também às 12h30.
Como foi o jogo
Visivelmente nervosa, a seleção brasileira começou apresentando um jogo bem abaixo do que nas últimas partidas. Quase nada funcionou na quadra brasileira na primeira parcial, com muitos erros, ataque que não conseguiu colocar a bola no chão e o maior trunfo brasileiro, o bloqueio, que não incomodou as atacantes da Sérvia.
O time do Brasil começou a entrar no jogo só na metade do segundo set, com o bloqueio voltando a tocar na bola e o jogo acelerado da levantadora Macris, que contou com a boa fase da oposta Kisy e da ponteira Júlia Bergmann. Sacando mais forte em cima da ponteira Lozo, o Brasil conseguiu incomodar a linha de passe e tirar a melhor atacante adversária do jogo. Com muita tranquilidade, as brasileiras, com muito mais energia, empataram a partida.
A terceira parcial foi marcara pela superação das adversidades. A Sérvia chegou a abrir seis pontos de vantagem logo no início do set, mas o Brasil remou para se encontrar, impôs seu estilo de jogo, teve muito volume na defesa e brigou para sair na frente.
Sem tempo a perder, o Brasil não desperdiçou chances no quarto e decisivo set. Muito consciente, a seleção brasileira abriu vantagem e não deixou mais escapar. A ponteira Gabi, esbajando categoria e experiência, liderou as atacantes jogando 'em casa', na Turquia, país em que atua há três temporadas.