Avançou!

Com Lorenne inspirada, Brasil vence EUA e se garante na semi do Pan

Time mostra evolução, passa de fase e elimina as norte-americanas; adversárias devem ser as favoritas dominicanas, que foram para Lima com a equipe completa

Brasil teve boa atuação em momento decisivo do torneio | Foto: Jose Tejada
Daniel Ottoni| @supernoticiafm
09/08/19 - 16h35

A definição do futuro da seleção brasileira feminina de vôlei dentro dos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, viria diante de um tradicional adversário. Contra os EUA, nesta sexta-feira, quem vencesse avançava para as semifinais. Os dois times chegaram para o confronto com campanhas parecidas, com cinco pontos, dois jogos e uma vitória. 

A favor do Brasil, enfrentar um adversário de pouca experiência, que passou no dia anterior por Porto Rico somente no tie-break. Contra o time da América Central, o Brasil havia vencido na estreia por 3 a 0, dando uma ideia de que boas chances de classificação estavam no caminho. Superando os altos e baixos apresentados contra a Argentina, o Brasil passou bem por 3 a 0 (25/21, 25/22 e 25/17) para confirmar presença na semifinal. Com uma postura bem melhor, o time brasileiro mereceu a vaga e agora tem uma nova decisão pela frente. 

A oposta Lorenne, com 23 pontos,  voltou a ser a referência no ataque, correspondendo bem nas viradas de bola e sendo um desafogo para os momentos de pressão. A defesa, formada pela recepção, bloqueio e o fundo de quadra, funcionou melhor, fazendo o jogo fluir contra um EUA que quase sempre por perto no placar. Do lado norte-americano, a oposta Rivers deu trabalho e mostrou qualidade nos ataques pela saída de rede. No jogo que vale vaga na decisão, a seleção deve ter pela frente a República Dominicana, que foi com grupo completo para o Peru. 

O time caribenho, recentemente, deu muito trabalho para o time principal do Brasil durante Pré-Olímpico. Ao contrário do duelo que aconteceu no último domingo em Uberlândia, para este confronto as dominicanas entram como favoritas.

Jogo mais consistente na defesa e no ataque

A irregular recepção norte-americana foi bem explorada pelo Brasil no primeiro set. O bloqueio se aproveitou para aparecer bem e fazer 8 a 4. A instabilidade brasileira apareceu e fez as adversárias crescerem no jogo. A diferença no placar se tornou pequena a partir daí. Foi no segundo tempo técnico, quando o técnico Zé Roberto Guimarães pediu mais agressividade, que o Brasil encontrou melhor postura. A central Lara teve destaque nos bloqueios e nos ataques, tendo papel decisivo para o time verde-amarelo sair na frente. 

O segundo set começou equilibrado, mesmo com o Brasil dando sinais de oscilações no passe. Uma incomum alteração de Zé Roberto surtiu efeito com a oposta Paula Borgo entrando no lugar de Lana. A parte ofensiva ganhou uma importante opção, aumentado o poderio brasileiro que foi fundamental para o 2 a 0 se confirmar. 

No terceiro set, o Brasil começou errando demais e viu os EUA abrir 9 a 7. Foi com a volta do bom aproveitamento ofensivo e do volume de jogo que as brasileiras conseguiram equilibrar a parcial e abrir confortável diferença de pontos na reta final. Sem permitir reação adversária, o time de Zé Roberto foi com tudo para 'matar' o jogo e garantir a classificação. 

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