O retorno ao calendário do vôlei brasileiro já mostra ao América Vôlei, de Montes Claros, a realidade enfrentada para quem tem a missão de se manter na elite do principal torneio do país. Na última segunda-feira, a diretoria do clube divulgou nota oficial para esclarecer a atual situação financeira, que fez com que salários fossem atrasados.
É dentro deste contexto que a equipe encara o Sesi (SP) nesta quinta-feira às 19h, fora de casa, pela terceira rodada da Superliga masculina, com transmissão pelo payperview da CBV. O time paulista fez apenas um jogo depois da partida de estreia ter sido adiada. Na rodada seguinte, triunfo sobre o Pacaembu Ribeirão Preto (SP).
Não bastando os atrasos, a diretoria chegou a deixar os jogadores livres para negociarem com outros clubes, aproveitando que a regra do torneio permite transferências até a quinta rodada. A exceção, dentro do elenco, fica por conta de seis atletas e membros da comissão técnica que foram emprestados pelo Sada Cruzeiro. O salário destes profissionais é pago pelo clube de Belo Horizonte, um dos favoritos ao título e segue em dia.
"Sem dúvidas, é uma situação chata que ninguém gostaria de passar. Mas o espírito da equipe e o objetivo do coletivo é o mesmo. Queremos seguir evoluindo nesse turno, sabendo de todas as dificuldades que temos extra quadra", comenta o ponta Pablo. Ainda sem vencer sets, o América encara uma sequência pesada neste início de Superliga. Depois de perder por 3 a 0 para o Sesc (RJ) e também para o Cruzeiro, chega a vez de encarar o Sesi (SP) antes do próximo duelo contra o EMS Taubaté Funvic, atual campeão brasileiro e paulista.
"Sabíamos como seriam complicados estes primeiros jogos diante de times favoritos ao título. Mas, quando vamos pra quadra, nos doamos ao máximo e tentamos deixar esses assuntos de lado para focar no nosso melhor desempenho", completa o jogador.