O embarque do Sada Vôlei para Recife, neste domingo, representa um dos maiores momento de um projeto que começou com foco social e já alcança novos objetivos. Nesta segunda-feira, o elenco comandado pelo técnico Gabriel Rodrigues, de apenas 28 anos, inicia presença na Superliga C diante do Náutico (PE), às 19h30. No dia seguinte, no mesmo horário, é a vez de enfrentar o Sport (PE).
A chave C tem apenas três times e o campeão se classifica para a Superliga B. As mineiras vão com praticamente o mesmo elenco da categoria sub-16, que tem feito história dentro de Minas Gerais nos últimos anos. A ideia é dar rodagem para as jovens contra times adultos, dentro de uma competição nacional, que promete ser marcante. O projeto vislumbra presença na elite do vôlei brasileiro, em alguns anos, com jogadoras formadas na sua base sendo parte primordial nesta caminhada.
O atual contexto apresenta feitos como título do Estadual sub-15, após 38 jogos e vitória na final diante do Praia Clube, de Uberlândia. O Metropolitano foi alcançado com campanha invicta dos times sub-14, sub-15 e sub-16. No Brasileiro Interclubes, a medalha de prata mostrou porque sete das 12 convocadas para a seleção mineira sub-16 são da mesma equipe.
Bagagem fundamental
Ao mesmo tempo, o clube sabe da importância da experiência e trouxe quatro reforços. Dois são do time sub-18 de Betim, treinado por Giuliano Sucupira. Outros dois nomes são de atletas com bagagem internacional. A ponta Gabriela Reis e a central Raffaela Richinho estiveram na Espanha e Kosovo, respectivamente, na última temporada. Raffaela terá nova passagem por Minas Gerais, depois de defender Itabirito e Brasília (DF) na Superliga B. No time candando, atuou ao lado de Gabriela.
"É uma experiência nova pra mim, que encaro como uma grande responsabilidade. Vai ser uma grande alegria poder compartilhar um pouco da minha experiência com as jogadoras. Mesmo novas, elas já demonstram um grande potencial. O mais importante é ajudar a equipe a jogar solta e com alegria para fazer o melhor em quadra", destaca Gabriela.
"Estamos oportunizando isso para estas jovens e a presença de jogadoras mais velhas vai contribuir muito no emocional, para deixá-las mais seguras em quadra", afirma Gabriel. Estar em uma competição adulta dará às jovens uma experiência inédita, que será buscada de forma gradativa. O time terá um elenco sub-17 em 2020, dando um passo acima no projeto. Antes, com o limite de 16 anos, as atletas que chegavam a esta idade eram encaminhadas para parceiros. Agora, a permanência por mais um tempo está garantida, com a certeza de que bons fruto serão colhidos.
Mais exigência, mais crescimento
A evolução do Sada Vôlei no cenário mineiro passa pela presença em torneios de categorias maiores, exigindo ainda mais das atletas. No Metropolitano sub-17, o Sada Vôlei terminou a fase de classificação na liderança. No sub-19, foi terceiro e também se classificou, tendo vencido o Minas por 3 a 0. Nas duas competições, está garantido na semifinal, esperando a divulgação das datas dos próximos jogos. No sub-18, o Sada Vôlei preferiu não atuar por ser um torneio de tiro curto, que poderia ser pouco proveitoso.