Derrota amarga

Seleção feminina de vôlei cai para Argentina e define futuro contra EUA

Brasil teve trabalho diante da oposta Fresco, responsável por 26 pontos e encara norte-americanas em duelo de tudo ou nada nesta sexta-feira

Brasil sofreu adversário competitivo e bem postado | Foto: Victor Calvo
Daniel Ottoni| @supernoticiafm
08/08/19 - 16h44

A tradição da Argentina no cenário sul-americano já denunciava que o Brasil teria mais dificuldades nesta quinta-feira, na segunda rodada do vôlei feminino dentro dos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru. Enquanto o time de José Roberto Guimarães chegava de vitória tranquila na primeira rodada contra Porto Rico, as hermanas haviam passado somente no tie-break pelos Estados Unidos.

Diante de uma equipe mais experiente e qualificada, a seleção verde-amarela não teve a mesma facilidade, caindo por 3 a 0 (25/23, 25/19 e 25/23). A derrota força o Brasil a precisar vencer os Estados Unidos, nesta sexta-feira, às 15h, se quiser se classificar para as semifinais de sábado. Do lado argentino, a oposta Fresco se destacou, saindo de quadra como a maior anotadora do duelo, com 26 pontos. Do lado brasileiro, a também oposta Lorenne apareceu com maior eficiência, anotando 18 pontos. 

Mesmo mantendo o mesmo time da estreia, o desempenho brasileiro não foi o mesmo. O ataque não atingiu os mesmos índices de aproveitamento, tendo pela frente uma escola argentina sempre bem posicionada no fundo de quadra e testando a paciência com seu costumeiro volume de jogo. A oposta Lorenne, maior pontuadora contra Porto Rico, voltou a ser referência na parte ofensiva. As pontas Lana e Maira ficaram devendo na virada de bola, não dando a consistência necessária para enfrentar uma equipe de bom nível, que deu trabalho a todo momento. O passe alternou bons e maus momentos, não permitindo o uso frequente das centrais. 

Com o saque pouco incomodando as argentinas e o bloqueio sem encontrar o ataque adversário, o Brasil viu as chances de vitória ficarem cada vez mais escassas. Do outro lado, a Argentina conseguiu trabalhar durante boa parte do duelo com a bola na mão da sua levantadora, com o ataque funcionando bem, principalmente pela saida de rede. Fresco esteve imparável e foi o grande nome da partida. 

Altos e baixos foram castigados

O primeiro set foi mais equilibrado, com o Brasil trocando pontos, errando pouco e chegando a abrir 13 a 10. A parcial esteve parelha até os últimos pontos, quando a Argentina levou a melhor. No set seguinte, o Brasil abusou dos erros e viu as oponentes abrirem diferença já nos primeiros minutos. O time de Zé Roberto foi forçado a correr atrás do prejuízo, com as falhas deixando o empate mais longe. 

No terceiro set, o Brasil precisava de uma nova postura. Mais agressivo e vendo a Argentina cair de ritmo, o time brasileiro seguiu tendo em Lorenne sua maior referência. A entrada da ponta Tainara no lugar de Lana trouxe novo aproveitamento na virada de bola e uma melhor opção para os ataques. A vantagem aberta por 16 a 11 , pelo Brasil, logo foi desfeita com erros de ataque e pontos dados de graça ao adversáio. Depois de colocar a Argentina de volta no jogo, o time de Zé Roberto pecou nos momentos de definição para sair de quadra com uma derrota amarga. 

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