A disparidade do nível entre brasileiros e argentinos para os demais times do Sul-Americano de clubes de vôlei masculino fica evidente antes mesmo do torneio começar. O torneio começa nesta quarta-feira, no ginásio do Riacho, em Contagem, e vai até domingo. O campeão garante vaga no Mundial, objetivo que passa longe dos pequenos que chegam do Chile, Uruguai, Bolívia e Peru.
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Uma das várias provas aparece quando Carlos Cisterna, do Excelsior, do Chile, conta os minutos para um registro histórico.
“Conheço todos os times da elite do Brasil. Se for falar de jogadores, ficarei aqui um bom tempo. Quero muito tirar uma foto com os levantadores William e Gonzalez”, comenta o companheiro de posição, que também atua como professor de Educação Física. Os armadores de Fiat Gerdau Minas e Vôlei Renata serão algumas das estrelas do torneio, que começa nesta quarta-feira no ginásio do Riacho, em Contagem.
A diferença também aparece na realidade dos times, com quatro dos nove times precisando recorrer a algumas alternativas para custear as viagens, como empréstimos, rifas, pedidos de ajuda, ‘vaquinhas’ e patrocínios.
“Não temos nenhuma garantia financeira. Não somos profissionais, tudo é pago pelos jogadores. Para estar no Brasil, tivemos que pedir ajuda às pessoas do vôlei de todo país”, conta Cisterna.
Um caminho menos complicado teve o San Martin, campeão boliviano. Cinco empresas contribuíram para a viagem do clube, que tem perfil familiar. “Esperamos que este apoio cresça cada vez mais. Nossa meta é ganhar rodagem internacional, enfrentar times de fora que vão nos ajudar a crescer e entender melhor como se joga o vôlei longe do nosso país. Queremos sempre melhorar”, indica o capitão e ponta Edson Perez.
O time do Peerless, do Peru, precisou de um misto de soluções para comprar as passagens. Sem receber nenhuma premiação pelo título nacional, coube aos integrantes do clube se viraram da forma como era possível.
“Pedimos ajudas de pessoas e fomos arrecadando valores. Duas pessoas ligadas ao clube se dispuseram a pagar metade do valor total da viagem usando seus cartões de crédito, tudo parcelado em seis vezes. Também realizamos encontros virtuais, com os custos dos alunos sendo de 30% a 40% comparado com o valor social que pagavam antes, que já era algo simbólico. O coronavírus fez um estrago muito grande de toda ordem em nossa economia, mas fizemos um grande esforço pela nossa paixão pelo vôlei. Não poderíamos não presentear os jogadores após a conquista nacional”, analisa o presidente André Kouri.
Campeonato Sul-Americano Masculino de Clubes 2022
2 a 6 de março, no Ginásio do Riacho, em Contagem
GRUPO A
Sada Cruzeiro (BRA)
Vamos Perlees (PER)
Club Atlético Bohemios (URU)
GRUPO B
Fiat Gerdau Minas (BRA)
Ciudad Voley (ARG)
Club Excelsior (CHI)
GRUPO C
Vôlei Renata (BRA)
Policial Voley (ARG)
Club San Martin (BOL)
Tabela de Jogos
Quarta, 02/03
15:30 – C - Vôlei Renata (BRA) x Club San Martin (BOL)
18:00 – B - Fiat Gerdau Minas (BRA) x Club Excelsior (CHI)
20:30 – A - Sada Cruzeiro (BRA) x Club Atlético Bohemios (URU)
Quinta, 03/03
15:30 – C - Vôlei Renata (BRA) x Policial Voley (ARG)
18:00 – B - Fiat Gerdau Minas (BRA) x Ciudad Voley (ARG)
20:30 – A - Sada Cruzeiro (BRA) x Vamos Perlees (PER)
Sexta, 04/03
15:30 – C - Club San Martin (BOL) x Policial Voley (ARG)
18:00 – B - Club Excelsior (CHI) x Ciudad Voley (ARG)
20:30 – A - Club Atlético Bohemios (URU) x Vamos Perlees (PER)
Sábado, 05/03
13:00 - 7º / 8º Lugares
15:30 - 5º / 6º Lugares
18:00 - Semifinal 1
20:30 - Semifinal 2
Domingo, 06/03
12:00 - 3º Lugar
15:00 – Final