O último ato do Sada Cruzeiro na Superliga masculina de vôlei, neste domingo, marca a provável despedida de peças que criaram grande identidade com o projeto, que se tornou heptacampeão do torneio neste domingo. A diretoria será forçada a realizar algumas mudanças no elenco, situação que é corriqueira no mundo do vôlei. Um dos segredos do Cruzeiro sempre foi mudar pouco e fazer contratações pontuais, quando necessário. 

O central Isac chegou ao Barro Preto em 2013, vindo do São Bernardo e se transformando, no time azul, um dos maiores centrais do mundo, com convocações permanentes para a seleção brasileira. Seu destino deve ser a Itália, mesmo rumo do levantador Fernando Cachopa, uma das várias crias da Raposa, que tem sua formação no clube de BH antes de rumos internacionais para testar seu talento e qualidade.

Cachopa chegou ao time em 2014 e passou por todo o processo de transição, desde as categorias de base até chegar no adulto, quando pôde aprender muito como suplente de nomes como William e Uriarte.

Cachopa virou titular na temporada 2018/2019, precisando enfrentar críticas da torcida, acostumado a nomes de referência internacional na posição, Foi com ele como titular que o time teve uma pausa nas oito finais seguidas de Superliga. Marcelo Mendez, então treinador celeste, mostrou paciência para dar seguidos votos de confiança ao talento bruto que estava sendo lapidado.

O trabalho foi tão bem feito que Cachopa chegou à seleção, sendo convocado para a Olimpíada de Tóquio. Após oito anos, ele deixa o Barro Preto rumo ao país da bota, com a missão mais do que cumprida, finalizando sua passagem pelo Sada Cruzeiro com um título para não deixar dúvidas sobre sua contribuição e seu nome na história estrelada. 

Quem também deve deixar o time é o levantador reserva Rhendrick Resley, que deve atuar pelo Minas na próxima temporada.