Esta terça-feira (11) marca o adeus oficial de dois ídolos do Sada Cruzeiro. O levantador Cachopa, joia da base celeste, e o central Isac. Em quase uma década de história defendendo a camisa do clube mineiro, a parceria deixa um legado de mais de 30 troféus para a já extensa coleção de títulos do time mais vitorioso do voleibol brasileiro.
Partindo para o voleibol italiano em grande, os dois craques deixam em Belo Horizonte um importante legado para os próximos atletas que vestirão as cores do time que, nesta temporada, justificou novamente a alcunha de “Campeão de Tudo”.
Somente nesta temporada, Isac e Cachopa conquistaram cinco medalhas de ouro em seis torneios disputados, incluindo o histórico tetracampeonato do Mundial de Clubes e o heptacampeonato da Superliga, no último domingo (8), em vitória sobre o Minas.
Melhor central da liga na temporada, Isac, natural de São Gonçalo no Rio de Janeiro, desembarcou em Belo Horizonte em 2013 para integrar a equipe do Sada Cruzeiro, onde logo criou raízes e participou das principais conquistas do clube. Ao longo das nove temporadas, foi tetracampeão Mundial, hexacampeão Sul-Americano e hexacampeão da Superliga, além de tetracampeão da Supercopa, hexacampeão da Copa Brasil e nove vezes Campeão Mineiro.
Após o título mais recente da liga nacional, o central, já em tom de despedida, afirmou que esse foi o troféu mais especial da carreira, e agradeceu ao clube celeste com muito carinho.
“Sem sombra de dúvidas, é o título mais especial da minha carreira. Fecho com chave de ouro meu ciclo com essa camisa, depois de nove anos. Cheguei aqui sem saber que conquistaria tanto, e meu sentimento é de gratidão. Meu muito obrigado ao Sada Cruzeiro por todas as conquistas e tudo o que fizeram por mim, por acreditarem em meu trabalho. Saio com a sensação de dever cumprido”, afirmou o ídolo do Sada.
O gaúcho Cachopa teve uma trajetória um pouco diferente, mas de igual impacto. Chegou às categorias de base do Sada Cruzeiro em 2013. Um dos exemplos do trabalho de lapidação de novos talentos do Sada, Cachopa passou por todos os processos de base, começando no infanto, passando pelo juvenil, onde participava de treinos com a equipe principal, e chegando no adulto, onde assumiu a titularidade da posição muito jovem, aos 22 anos, em 2019.
Igualmente vencedor com o elenco celeste, o jovem atleta, de 26 anos, ainda coleciona títulos individuais. No Mundial de Clubes de 2021, campanha do tetra, recebeu o prêmio de melhor levantador, assim como no Sul-Americano, disputado em março deste ano.
Lançados aos maiores palcos do esporte nacional, Cachopa e Isac também já vestem a camisa da seleção brasileira para brilharem nos campeonatos internacionais. No último ciclo, ambos fizeram parte do grupo campeão da Liga das Nações e do Sul-Americano, em 2021. Além disso, estiveram na Olimpíada de Tóquio, no mesmo ano, quando o Brasil ficou em quarto lugar.