Quem visitar Curitiba na ou pós pandemia terá uma surpresa. Além dos 33 parques na área urbana da cidade, entre eles Bacacheri, Barigui, Jardim Botânico, Tanguá e Tingui, desde maio um novo atrativo turístico foi instalado no Parque São Lourenço - o Memorial Paranista João Turin -, em homenagem a um dos mais expressivos artistas paranaenses.
Turin (1878-1949) foi um dos grandes destaques do Memorial Paranista, ao lado dos pintores João Ghelfi e Lange de Morretes, que, no início dos anos 1920, iniciaram um movimento para construir uma identidade regional chamado de Paranismo, voltado para os símbolos regionais, entre eles a araucária, o pinhão, a gralha-azul e a erva-mate.
O novo espaço conta com quase cem obras em exposição permanente, que podem ser visitadas gratuitamente, porém com necessidade de agendamento antecipado pelo site e limitada a pequenos grupos em razão das medidas de prevenção contra a Covid-19. O jardim de esculturas já é o maior do Brasil.
Obras
São mais de 15 esculturas em bronze, 12 delas compradas de colecionadores e outras três doadas pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), por meio da Lei Rouanet. Há, ainda, 78 esculturas doadas pela família Lago, detentora dos direitos autorais de João Turin, ao governo do Estado e emprestadas à prefeitura da cidade em regime de comodato.
Entre as obras mais famosas do artista paranaense estão as esculturas Marumbi, com três metros de altura e cerca de 700 kg, Pietá em baixo relevo, Guairacá, A Onça e a Tartaruga e o painel Pedagogia. Boa delas representam felinos, índigenas, natureza e momentos históricos.
Completam o memorial o Teatro Cleon Jacques, o Ateliê de Esculturas e Fundição, o Liceu das Artes, uma lojinha e.reproduções da fachada original da Casa Paranista. O novo espaço cultural custou cerca de R$ 6 milhões.