Situado entre os municípios mineiros de Catas Altas e Santa Bárbara, com 11.233 hectares, o Santuário do Caraça é um centro de espiritualidade e missão, de cultura e educação, de conservação ambiental, lazer e turismo. Localiza-se num trecho da serra do Espinhaço, Caraça – como comumente é chamado – é apenas (sic) uma das sete Maravilhas da Estrada Real. O nome veio de uma parte da serra, que lembra a imagem de um rosto de um gigante deitado.

No local funcionou um dos primeiros colégios do país, onde estudaram personalidades da história brasileira como o presidente Afonso Pena.

O santuário recebe, em média, 70 mil visitantes por ano. Isso o torna uma das mais importantes e mais visitadas Unidades de Conservação do Estado de Minas Gerais, além de ser uma das maiores – a Reserva Particular do Patrimônio Natural do Caraça responde praticamente por 51% das reservas do Estado.

 

1- Museu do Caraça. O espaço abriga o Museu do Colégio, o Museu Sacro e a Pinacoteca. Está localizado no prédio do antigo colégio, um dos primeiros do Brasil, que foi destruído em um incêndio em 1968. Visitantes podem conferir peças originais, como a cama onde Dom Pedro II dormiu quando esteve no Caraça. Há máquinas de costuras, louças, fogareiro e jarros. Entre os artefatos religiosos, há esculturas de santos do século XVIII e XIX. Uma imagem de Nossa Senhora das Graças, salva pelos alunos na noite do incêndio, também está em exposição.

 

2- Cachoeira da Cascatinha. A Cascatinha, formada por quatro quedas-d’água e quatro piscinas naturais, localiza-se a 2 km do santuário, por uma trilha de fácil acesso. Medindo 40 m, suas águas nascem acima das quedas, de onde vêm saltando pela encosta e pelas pedras. Suas águas, puras e espumantes, têm uma coloração amarelada que aumenta de intensidade no tempo das chuvas, em razão das matérias orgânicas que descem da serra. É um dos locais mais visitados no Caraça, por sua pouca distância, pela facilidade de acesso e, claro, pela beleza de sua paisagem e pela atração de suas águas.

 

3- Santuário Neogótico de Nossa Senhora Mãe dos Homens. Com estilo arquitetônico francês, a igreja do Caraça foi construída sem mão de obra escrava e toda com material regional. A pedra-sabão foi retirada de perto da Cascatona, o mármore veio das proximidades de Mariana e Itabirito, enquanto o quartzito saiu da própria região. Esses materiais foram unidos com um produto a base de cal, pó de pedra e óleo. A edificação se tornou a primeira igreja neogótica do Brasil – toda desenhada, projetada e edificada por um padre da Missão.

 

4- Cachoeira Tanque Grande. A trilha para o Tanque Grande não chega a 2 Km. O visitante caminha por estrada asfaltada até a Casa da Ponte. Em seguida, entra à esquerda por uma trilha muito fácil de ser percorrida e bem plana. Na primeira bifurcação, toma a direita. Mais uma pequena caminhada e se chega ao Tanque. Além da cachoeira, há uma represa (não é permitido o banho) de mesmo nome, formado por uma barragem erguida para a construção da segunda hidrelétrica mineira. Ela fornecia energia para o Colégio do Caraça entre 1949 e 1960. O Caraça é terra de muitas quedas-d’água. Além da cachoeira Tanque Grande, há a Bocaína e a dos Taboões. A primeira, além da beleza das montanhas e dos campos por onde se passa, oferece piscinas naturais e córregos para o descanso e o lazer. Sua trilha tem cerca de 5 Km. Para chegar até lá é preciso tomar o caminho da Cascatinha, no estacionamento de visitantes. Desse ponto, o visitante deverá virar à direita na terceira entrada, atravessar o rio e continuar em frente, sempre em direção à garganta do Gigante, que está de perfil, deitado na serra do Espinhaço. Ao chegar à pedra da Paciência, um afloramento rochoso, segue-se em frente, descendo até sua base, seguindo as setas indicativas, pintadas na rocha até a cachoeira. Já a cachoeira dos Taboões está situada a 4 km do centro histórico do Caraça. É possível ir de carro, por uma estrada asfaltada, até a entrada da trilha principal. No local, é possível nadar e relaxar numa pequena “praia” em uma das margens da piscina natural.

 

5- Jardins do santuário. Eram utilizados pelos estudantes de teologia para meditarem os estudos religiosos enquanto passeavam entre as plantas. Hoje, é um espaço ideal para dar-se um tempo para respirar e pensar na vida