O Exército israelense anunciou neste sábado (5) que suas forças estão em alerta máximo por ocasião do primeiro aniversário do ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, que foi o estopim da guerra entre Israel e o grupo islamista palestino em Gaza.
"Esta semana vamos relembrar o aniversário da guerra e do 7 de outubro. Estamos preparados com mais forças antecipadamente para este dia. Vão tentar executar ataques na frente interna", afirmou o porta-voz militar Daniel Hagari em mensagem televisionada.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, afirmou, neste sábado (5), que o Irã é uma "ameaça permanente" para Israel, quase um ano após o ataque do movimento islamista palestino Hamas em 7 de outubro de 2023.
"Em muitos aspectos, seguimos vivendo as sequelas do 7 de outubro (...) Há uma ameaça permanente do Irã e de seus agentes terroristas ao Estado Judeu, eles estão cegos pelo ódio e empenhados na destruição da nosso único Estado-nação judaico", disse Herzog em um discurso por ocasião do primeiro aniversário do ataque do Hamas.
Retaliação do Irã
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, prometeu neste sábado (5) que Teerã responderá com "mais força" se Israel lançar um ataque de retaliação pelo bombardeio iraniano com mísseis desta semana.
"Nossa reação a qualquer ataque do regime sionista é clara", declarou Araghchi em visita a Damasco, a capital da Síria, onde se reuniu com o presidente Bashar al-Assad, um aliado do Irã. "Para cada ação, haverá uma reação proporcional e similar do Irã, inclusive com mais força", afirmou.
O Irã lançou em 1º de outubro uma salva de cerca de 200 mísseis contra Israel. Teerã indicou que o bombardeio foi uma medida de represália pelo assassinato do líder do movimento libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do general iraniano Abbas Nilforushan, mortos em 27 de setembro em um bombardeio de grande envergadura na periferia sul de Beirute. (AFP)