Um urologista cortou acidentalmente o pênis de um paciente durante uma cirurgia de aumento peniano realizada no distrito de Gangnam, em Seul, na Coreia do Sul. Durante o procedimento, o médico cortou completamente o corpo cavernoso e 95% do corpo esponjoso, tecido que envolve a uretra, do homem.

O paciente, de 35 anos, já havia passado por duas cirurgias penianas antes do procedimento que resultou no acidente. Na terceira intervenção, que ocorreu em 2020, houve um corte horizontal no órgão genital.

A falha na cirurgia aconteceu porque o implante artificial, instalado em procedimentos anteriores, havia se fundido com o corpo cavernoso, parte esponjosa erétil do pênis. Esta condição, conhecida como "adesão", pode ocorrer após cirurgias e causar problemas como disfunção erétil.

Como consequência do erro, o homem enfrentou trauma físico e psicológico severo, além de perder a função sexual e dificuldades para urinar.

De acordo com o Daily Star, em janeiro de 2024, o urologista foi condenado a pagar aproximadamente R$ 96 mil em indenização, decisão da qual ele recorreu. No início de agosto, um tribunal de Seul também impôs uma multa de aproximadamente R$ 26 mil por negligência.

"Em um caso com adesão grave, a dissecção deveria ter sido interrompida antes de causar lesão, e a sutura deveria ter sido considerada para prevenir complicações", afirmou o tribunal. "A tentativa de dissecção, apesar da baixa visibilidade da anatomia peniana, levou à lesão".

O médico contestou as acusações durante o julgamento, negando ter falhado em informar adequadamente o paciente sobre os riscos da cirurgia. Ele também alegou que não era previsível que o procedimento levaria a danos na uretra, mas o tribunal concluiu que houve violação do dever de cuidado e de informação.

"Existe a possibilidade de que o paciente teria recusado a cirurgia se os riscos tivessem sido explicados adequadamente", declarou o tribunal.