Uma mulher de 34 anos, que acidentalmente matou uma menina de 11 envenenada, não será presa após decisão da juíza do caso. Jesmin Akter, moradora de Londres, na Inglaterra, importou fosfeto de alumínio ilegalmente para tentar se livrar de uma infestação de percevejos e, sem ler as instruções no frasco, usou uma dose que se tornou letal.
A substância, em contato com a umidade, reagiu e liberou o gás fosfina, extremamente tóxico. Akter tirou sua família da casa por 24 horas, mas o gás invadiu o apartamento ao lado, matando Fatiha Sabrin no dia de seu aniversário de 11 anos e causando a internação de outra criança, que não teve a idade revelada.
Akter foi indiciada por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, e de importar ilegalmente uma substância regulada. Ela foi sentenciada a dois anos de prisão, mas teve a pena suspensa e servirá 150 horas de trabalho comunitário.
Segundo informações da BBC, a tragédia poderia ter sido ainda maior, uma vez que Akter levou a embalagem da substância proibida em um vôo comercial da Itália para a Inglaterra. Caso a lata tivesse sido danificada, o incidente poderia ter colocado a vida de centenas de pessoas em risco e ter "consequências catastróficas", afirmou a juíza do caso, Alexia Durran.
Culpa avassaladora
Após o julgamento, Durran falou à família da criança e lamentou a morte precoce. Sobre a decisão de não mandar Akter para cadeia, citou os bons antecedentes e afirmou: "entendo que você está com uma culpa avassaladora. Me parece extremamente improvável que você esqueça que o que aconteceu com Fatiha foi o resultado de suas ações".
O caso aconteceu em novembro de 2021, e o julgamento foi finalizado na última semana, em 18 de julho.