O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), também conhecido como Itamaraty, não pode bancar os custos do translado do corpo de Juliana Marins para o país de origem. A brasileira de 26 anos morreu enquanto realizava uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, durante mochilão na Ásia. O corpo da jovem só foi encontrado na terça-feira (24) e retirado do local nesta quarta (25), cinco dias após o desaparecimento.
Conforme nota, o Itamaraty relatou que presta assistência consular aos familiares de Juliana através da Embaixada do Brasil em Jacarta. "Embaixadas e Consulados brasileiros podem prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito", informou o órgão.
O suporte, no entanto, não pode se estender aos valores relativos ao translado do corpo conforme a legislação brasileira. "A assistência consular não compreende o custeio de despesas com sepultamento e traslado de corpos de nacionais que tenham falecido do exterior, nem despesas com hospitalização, excetuados os itens médicos e o atendimento emergencial em situações de caráter humanitário", determina o decreto 9.199/2017.
"A atuação consular do Brasil pauta-se pela legislação internacional e nacional", declarou o Itamaraty, após apresentar o trecho acima. Anteriormente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a morte de Juliana e prestou solidariedade à família, prometendo apoio diplomático.
Questionado sobre as ações realizadas em suporte à família de Juliana, o Itamaraty declarou que "não divulga informações pessoais de cidadãos que requisitam serviços consulares e tampouco fornece detalhes sobre a assistência prestada a brasileiros".
Até o momento, familiares e amigos de Juliana Marins não divulgaram informações sobre o translado do corpo da jovem. Através do perfil Resgate Juliana Marins, eles afirmaram que a jovem "sofreu uma grande negligência por parte da equipe de resgate" e que "se a equipe tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado, Juliana ainda estaria viva".
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