Suni Williams e Butch Wilmore podem ficar 'presos no espaço' por muito mais tempo do que esperado. Segundo a NASA afirmou nesta quarta-feira (7/8), é possível que seja necessário um 'plano B' para trazer os dois americanos de volta para a Terra, e ele pode demorar até seis meses a mais, até fevereiro de 2025.
Os astronautas veteranos foram ao espaço a bordo de uma cápsula da Boeing, chamada Starliner, para uma missão que duraria uma semana. O voo inicial foi no dia 5 de junho. Após problemas no sistema de propulsão da nave, o retorno foi adiado, e a dupla está na estação espacial há 63 dias.
Ao que tudo indica, a SpaceX, concorrente da Boeing, pode ter papel essencial na missão de volta dos astronautas, mas Isso pode adicionar outros seis meses no imbróglio.
Até agora, a NASA se mantinha firme no plano de que a dupla retornaria aos Estados Unidos na Starliner, mesma nave que os levou ao espaço. Agora, o tom mudou drasticamente à medida que o 'plano B', de trazê-los na Crew Dragon, da empresa de Elon Musk, se torna cada vez mais sério.
Isso envolveria uma missão tripulada com duas pessoas (e não quatro) no veículo da SpaceX, para que dois assentos estejam vagos para Williams e Wilmore, mas essa viagem seria somente em fevereiro de 2025. Por estarem em outra tripulação, precisariam esperar o tempo de missão (6 meses) terminar. Assim, a Starliner retornaria à Terra sem tripulantes. A NASA afirmou que tem até "meados de agosto" para decidir como proceder.
“Eu diria que nossas chances de um retorno não-tripulado da Starliner aumentaram um pouco com base em coisas que aconteceram nas últimas duas semanas”, afirmou Ken Bowersox, administrador associado da Diretoria de Missões de Operações Espaciais da NASA, à CNN. “Mas, com a chegada de novos dados, novas análises e discussões diferentes, poderíamos nos ver indo para outra saída”, concluiu.
Ainda cercado de incertezas, o voo de volta da Starliner parece improvável, já que os propulsores ainda não estão funcionando corretamente. A Boeing, porém, defende que a cápsula é segura para o retorno dos astronautas. A NASA afirma que, no momento, ambas as opções seguem viáveis e a decisão dependerá de novos dados e análises.