A SpaceX, empresa de viagens espaciais e telecomunicações de Elon Musk, decidiu retirar seus funcionários do país e, ainda, alertou para que outros colaboradores não viajem para o país. A informação é do jornal norte-americano The Wall Street Journal.
De acordo com a reportagem publicada nesta quarta-feira (4), este é um sinal de que a batalha entre o bilionário sul-africano e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por causa da rede social X, está impactando alguns outros negócios de Musk.
O biolionário chegou a insuflar seguidores a comparecerem à manifestação agendada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para sábado, feriado de 7 de setembro. Em postagem no X, Musk chegou a pedir o impeachment de Moraes.
O texto mostra que a presidente da SpaceX, Gwynne Shotwell, em um e-mail enviado aos funcionários na semana passada, os aconselhou a não viajarem ao Brasil a trabalho ou a lazer, de acordo com pessoas familiarizadas com a mensagem. Além disso, a empresa de tecnologia espacial realocou seu pequeno grupo de funcionários não brasileiros que estavam no país, segundo uma dessas pessoas.
Ainda segundo The Wall Street Journal, "o Brasil é um mercado importante para a Starlink, dada a sua grande população e áreas remotas, mal atendidas pela infraestrutura de telecomunicações terrestre". O país é apontado como uma "joia da coroa" junto com a Austrália para a Starlink - que está com as contas bloqueadas pelo STF. "Atualmente, a Starlink cobra cerca de US$ 33 por mês pelo serviço no Brasil, além de cerca de US$ 177 em custos iniciais para o equipamento, de acordo com seu site", diz a reportagem.