Um crime chocante que parou a França volta a entrar em evidência nesta semana, com o julgamento de Sandria P, 54 anos, e Jean- Michel C, 49 anos, suspeitos de agressão, maus-tratos e de deixarem a adolescente Amandine, de 13 anos, morrer de fome em 2020.

A garota era filha de Sandrina e morreu com sinais claros de desnutrição. Com 1,55m,  a adolescente pesava apenas 28kg quando morreu. Ao ser encontrada pelas autoridades, já sem vida, a garota também tinha sinais de violência pelo corpo, com fios de cabelo arrancados e sem alguns dentes.

Na época, dia 06 de agosto de 2020, a mãe de Amandine chamou o Corpo de Bombeiros alegando que a filha estava passando mal após se engasgar com um alimento e vomitar. Quando as autoridades chegaram à casa da família, a garota já estava morta e a versão que a mãe contou nunca foi validada pela polícia, que desconfiou de maus-tratos pela forma que a menina foi encontrada. 

O julgamento do casal deve durar uma semana e só terminar na próxima sexta-feira (24 de janeiro). Segundo a imprensa francesa, a polícia local apurou que Amandine sofria com maus-tratos desde que nasceu, devido à gravidez complicada que a mãe teve. Na pandemia, a situação se agravou, já que a garota parou de frequentar a escola e precisou se manter em casa durante todos os dias.

Durante as audiências que antecederam ao julgamento, Sandrina se referiu à filha como “ladra”, “mentirosa”, “desobediente” e “complicada”. Já o padrasto será julgado por não ter prestado socorro e ter ajudado a mãe da garota a privá-la de alimentação.

Ele também já declarou culpa em audiências anteriores: “Não sei como pude não perceber a sua extrema magreza”.

O casal está preso desde 2021, e a mãe de Amandine enfrenta prisão perpétua. Já Jean pode pegar até 20 anos na cadeia.