O governo de Donald Trump aprofunda-se em mais um campo de batalha, desta vez com as universidades norte-americanas na mira. O presidente dos EUA tem cortado fundos de algumas das maiores instituições de ensino superior do país e, agora, entra em embate direto contra a Universidade de Harvard, uma das mais conceituadas do mundo. A briga não se limitou aos bastidores do poder e, em um desdobramento nas redes sociais, terminou em deboche à secretária de Educação do governo Trump.
Nesta semana, a secretária Linda McMahon enviou uma carta ao reitor de Harvard, Alan Gerber, em que anuncia o congelamento de financiamentos para a universidade. Em um tom considerado ameaçador por veículos de imprensa norte-americanos, ela afirma que Harvard viola leis federais, insinua que a universidade favorece a seleção de estudantes baseada em raça e que seu conselho administrativo é liderado por um aliado político de Barack Obama. Em entrevista ao jornal "The Wall Street Journal" também nesta semana, o reitor chegou a dizer que concorda com Trump em alguns pontos.
Não foi tudo isso o que viralizou nas redes sociais, porém, mas sim uma série de correções no documento, que se tornou chacota entre usuários das plataformas.
O texto de duas páginas e meia foi compartilhado pela secretária nas redes sociais. O que viralizou, contudo, foi uma versão “corrigida” do documento. Com várias rasuras em vermelho, ao estilo de um professor corrigindo erros em uma prova, a versão aponta inconsistências no texto, como uso de aspas desnecessárias e iniciais maiúsculas em termos usualmente escritos em minúsculas em inglês. Não há erros flagrantes de ortografia, contudo.
Alguns usuários afirmaram que o texto foi corrigido pela própria Harvard, mas, na verdade, ele foi divulgado por usuários do X e a universidade não compartilhou o documento em suas redes oficiais.