O Elevador da Glória em Lisboa, um funicular histórico inaugurado em 1885, foi palco de uma tragédia nesta quarta-feira (03/09) após descarrilhar, deixando 17 pessoas mortas e 20 feridas. O bondinho atrai turistas de todo o mundo que visitam a capital de Portugal e conecta a praça de Restauradores ao Bairro Alto.

O funicular, declarado monumento nacional em 2002, foi projetado pelo engenheiro português Raoul Mesnier du Ponsard. Inicialmente, o bondinho funcionava por contrapeso de água, posteriormente adotou sistema de locomoção a vapor e, em 1914, tornou-se pioneiro ao operar por tração elétrica. As informações são do El País de Portugal.

Com suas características cores branca e amarela, o Elevador da Glória percorre 275 metros em apenas dois minutos, subindo a íngreme Calçada da Glória, que possui inclinação de 18%. O veículo tem capacidade para transportar 22 pessoas sentadas e 20 em pé em cada uma de suas duas cabines.

Este meio de transporte histórico é utilizado principalmente para levar visitantes ao mirante de São Pedro de Alcântara, um dos pontos de observação mais famosos da cidade. Anualmente, cerca de três milhões de passageiros, em sua maioria turistas, utilizam o funicular.

Após o acidente, a prefeitura de Lisboa decretou luto oficial para esta quinta-feira e suspendeu temporariamente o serviço dos funiculares históricos na cidade, incluindo os de Bica e Lavra.

As causas específicas do descarrilamento ainda não foram divulgadas pelas autoridades portuguesas, e não há detalhes sobre as investigações em andamento. O incidente se soma a outros acidentes envolvendo funiculares ao redor do mundo, principalmente em destinos turísticos e áreas montanhosas.

O mais grave desses acidentes ocorreu em 11 de novembro de 2000, quando um ventilador de ar quente defeituoso provocou um incêndio no funicular que subia ao glaciar austríaco de Kitzsteinhorn, em Kaprun, resultando em 155 mortes.