Memória

A presidência de Donald Trump, derrotado nas eleições dos EUA, em datas-chave

Relembre momentos conturbados e polêmicos da administração do republicano, como o processo de impeachment, a guerra comercial e o coronavírus

Por AFP
Publicado em 07 de novembro de 2020 | 17:16
 
 
 
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Desde o lançamento de sua candidatura em 2015 até o anúncio de sua derrota neste sábado (7), o mandato de Donald Trump foi marcado por um boom econômico, posteriormente apagado pela crise do coronavírus, e por uma profunda divisão da sociedade americana.

Estas são as datas principais de Donald Trump no poder:

Campanha

16 de junho de 2015: o empresário e ex-astro do reality show anuncia sua candidatura à presidência pela Trump Tower em Nova York, cercado por sua família. 

7 de outubro de 2016: retransmissão de uma gravação de uma conversa privada datada de 2005 causa um escândalo. Nela, ele fala obscenamente sobre as mulheres. 

8 de novembro de 2016: aos 70 anos, ele se tornou o 45º presidente dos Estados Unidos. 

20 de janeiro de 2017: sua inauguração é marcada por grandes manifestações, algumas delas com violência.

Primeiras decisões

22 de janeiro: anúncio do início da renegociação com Canadá e México do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta). 

25 de janeiro de 2017: Lançamento do projeto de construção de um muro anti-imigração na fronteira entre os Estados Unidos e o México. 

27 de janeiro: decreto que proíbe a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana: Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen. 

31 de janeiro: nomeação do juiz conservador Neil Gorsuch para a Suprema Corte, o primeiro de três novos juízes que definitivamente levarão o tribunal ao conservadorismo.

1º de junho: anúncio da saída dos Estados Unidos do acordo climático de Paris.

Economia

20 de dezembro de 2017: aprovação no Congresso do maior corte de impostos em 31 anos. 

31 de maio de 2018: impostos sobre aço e alumínio importados do México, Canadá e União Europeia. 

15 de junho de 2018: Trump declara guerra comercial com a China com tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões em importações. 

Setembro de 2019: a taxa de desemprego chega a 3,5%, o mínimo em 50 anos.

Diplomacia

6 de dezembro de 2017: os Estados Unidos reconhecem Jerusalém como a capital de Israel, apesar da desaprovação internacional. 

8 de maio de 2018: anúncio da saída dos Estados Unidos do acordo nuclear internacional com o Irã e o restabelecimento das sanções americanas. 

30 de junho de 2019: Donald Trump se torna o primeiro presidente dos EUA a pisar na Coreia do Norte

3 de janeiro de 2020: O poderoso general iraniano Qasem Soleimani é morto em um ataque americano em Bagdá.

As derrotas

28 de julho de 2017: fracasso do Senado em revogar Obamacare, a reforma do sistema de saúde promovida pelo Partido Democrata. 

6 de novembro de 2018: durante as eleições de meio de mandato, a oposição democrata recupera o controle da Câmara dos Representantes. Senado continua nas mãos dos republicanos. 

20 de junho de 2018: diante de um clamor popular, Trump acaba com a prática de separar crianças que cruzaram a fronteira com seus pais.

A divisão

12 de agosto de 2017: durante uma manifestação de extrema direita em Charlottesville, Virgínia, umsimpatizante neonazista atropela um grupo de contra-manifestantes antirracistas com seu carro, matando um deles. Trump recebe muitas críticas ao dizer que havia "gente boa em ambos os lados". 

14 de fevereiro de 2018: homem de 19 anos ataca sua antiga escola em Parkland, Flórida, e 17 pessoas são mortas. O evento desencadeia uma mobilização em massa de jovens para limitar o acesso a armas de fogo. Mas Trump apoia totalmente o direito dos americanos de possuir uma arma.

25 de maio de 2020: George Floyd, um homem negro de 46 anos, morre em Minneapolis asfixiado por um policial branco. Os Estados Unidos são palco de protestos contra o racismo e a brutalidade policial sem precedentes desde a década de 1960.

Investigação russa

17 de maio de 2017: Robert Mueller, ex-chefe do FBI, é nomeado advogado especial na investigação do suposto conluio entre a equipe de campanha de Donald Trump e a Rússia

18 de abril de 2019: lançamento do relatório Mueller que não conclui que houve conluio, mas também não inocenta Trump. O relatório mostra que seus parentes tiveram inúmeros contatos com intermediários russos e que Moscou interveio na campanha em favor do candidato republicano.

Caso ucraniano e processo de impeachment 

18 de dezembro de 2019: o presidente é acusado pela Câmara dos Representantes de abuso de poder e obstrução dos trabalhos do Congresso. Ele é acusado de pressionar a Ucrânia em julho para que Kiev iniciasse uma investigação de corrupção contra Joe Biden, seu potencial oponente em 2020. 

16 de janeiro de 2020: abertura de processo de impeachment no Senado. 

5 de fevereiro: Donald Trump é absolvido em uma votação.

Coronavírus na campanha

31 de janeiro de 2020: os Estados Unidos anunciam a proibição de entrada no território de não americanos que tenham visitado recentemente a China, para impedir a propagação do novo coronavírus. A medida é estendida aos europeus no dia 14 de março. 

20 de junho: Donald Trump, que desafia a doença por não querer usar máscara, relança sua campanha com um grande comício em Tulsa, Oklahoma. 

2 de outubro: Trump testa positivo para covid-19, é admitido em um hospital militar por três noites antes de retornar à Casa Branca, onde permanece alguns dias antes de retomar suas reuniões de campanha.

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