O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a pedir neste domingo (7/05) ao Congresso que proíba os fuzis semiautomáticos, depois que um homem abriu fogo no sábado em um shopping do estado do Texas e matou oito pessoas, incluindo crianças.
O novo tiroteio provocou cenas de pânico no sábado no Allen Premium Outlets, um grande complexo comercial de Allen, 40 quilômetros ao norte de Dallas, que estava lotado.
A polícia informou que um agente estava no centro comercial para investigar outro caso quando ouviu os tiros às 15H30, horário local(17H30 de Brasília). O agente "enfrentou o suspeito e neutralizou o indivíduo", informou Brian Harvey, chefe do departamento de polícia de Allen.
Imagens de câmeras de segurança que circulam na internet mostram o momento em que o atirador saiu de um automóvel no estacionamento do shopping e abriu fogo contra as pessoas que estavam passando.
Até o momento as autoridades não divulgaram a identidade do criminoso, que, segundo a imprensa local, usava equipamento paramilitar e portava um fuzil semiautomático similar ao AR-15, além de carregadores adicionais.
Seis pessoas morreram no local e duas não resistiram aos ferimentos e faleceram no hospital. Entre as vítimas estavam crianças, de acordo com um comunicado da Casa Branca.
Três dos sete feridos precisaram ser submetidos a cirurgias de emergência, informou Jonathan Boyd, comandante do corpo de bombeiros de Allen.
Atos de violência nos EUA
O presidente Biden, que defende leis mais rigorosas para o porte de armas, criticou neste domingo os "atos de violência sem sentido" no Texas e voltou a pedir ao Congresso que adote medidas.
"Mais uma vez eu peço ao Congresso que me envie um projeto de lei para proibir as armas semiautomáticas e os carregadores de alta capacidade. Que determine verificações universais de antecedentes. Exija armazenamento seguro (das armas). Que acabe com a imunidade dos fabricantes de armas", afirmou Biden em um comunicado.
"Vou promulgar de maneira imediata. Nós precisamos disso para manter nossas ruas seguras", acrescentou.
Mas é pouco provável que o apelo do presidente democrata tenha sucesso, pois os republicanos, que controlam a Câmara de Representantes, são contrários às medidas de maior controle.
Biden também ordenou que bandeiras americanas sejam hasteadas a meio mastro em todos os prédios federais até o fim da tarde de 11 de maio, como um "sinal de respeito pelas vítimas", de acordo com a Casa Branca.
O governador do Texas, Greg Abbott, chamou o tiroteio de "tragédia indescritível.
Mas neste domingo, enquanto os democratas reiteravam os pedidos para que o Congresso aprove uma legislação de segurança de armas e criticavam o Texas e outros estados por suas leis permissivas, Abbott, um republicano, se recusou a afirmar se considera a possibilidade de restringir a venda de armas ou promulgar outras reformas.
"As pessoas querem uma solução rápida. A solução a longo prazo é abordar o problema da saúde mental", declarou Abbott ao canal Fox News. Também destacou que é necessário analisar o aumento da "raiva e da violência" no país. (AFP)