Realeza britânica

Charles III: entenda o passo a passo da coroação do novo rei

Filho de Elizabeth II foi proclamado como rei neste sábado (10), mas data da coroação ainda não foi divulgada

Por Agências
Publicado em 10 de setembro de 2022 | 14:35
 
 
 
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Apesar de Charles III ter sido oficialmente proclamado novo rei neste sábado (10), dois dias após a morte de Elizabeth II, a sua coroação só acontecerá em outra oportunidade, ainda sem data divulgada. A cerimônia é altamente simbólica e requer tempo para a organização. 

A coroação de um soberano britânico inclui uma série de rituais que remontam a séculos. A de Elizabeth II em 1953 foi realizada mais de um ano depois que ela se tornou rainha após a morte de seu pai George VI. Confira os passos e ritos do processo:

Período de luto

A coroação é independente do chamado Conselho de Ascensão, que se reuniu neste sábado no Palácio de Saint James para proclamar formalmente a ascensão do novo rei ao trono. Durante a proclamação, o monarca, como chefe da Igreja da Inglaterra, fez um juramento declarando sua fé protestante e prometendo proteger a Igreja da Escócia. 

Enquanto isso, os preparativos começaram para os 10 dias de luto oficial, já que o caixão da rainha Elizabeth II, coberto com a bandeira real, repousa no Castelo de Balmoral. No domingo (11), ele viajará de Balmoral a Edimburgo e ficará na sala do trono do Palácio de Holyroodhouse antes de ser levado de avião para Londres na terça-feira (13). O funeral da rainha Elizabeth II ocorrerá no dia 19 de setembro.

Cerimônia de coroação

A cerimônia de coroação também acontece na Abadia de Westminster e é oficiada pelo Arcebispo de Canterbury, líder religioso da Igreja Anglicana. O arcebispo apresenta o novo governante ao público e o soberano pronuncia o juramento de coroação. 

Nele, redigido em 1688, o monarca jura solenemente governar o povo britânico de acordo com as leis aprovadas no Parlamento, aplicar a lei e a justiça "clemente" e "fazer o seu melhor" para preservar a Igreja e a religião anglicanas. 

O arcebispo então unge o presidente com óleo consagrado e o abençoa no trono do rei Edward, construído em 1300 e usado em todas as coroações desde 1626. O soberano finalmente recebe seus ornamentos reais, incluindo o cetro e a coroa, que é colocada pelo arcebispo. 

Salvo decisão em contrário, e se o novo soberano for homem, sua esposa é proclamada rainha consorte e coroada, seguindo uma cerimônia semelhante, mas simplificada. Ela se tornará rainha viúva (ou rainha mãe se a rainha viúva anterior ainda estiver viva) com a morte do rei, que será sucedido por seu primeiro filho, independentemente do sexo. No caso de uma rainha ascender ao trono, seu marido não se torna rei e não recebe a santa unção. 

Em um de seus últimos atos decisivos para a sucessão, a rainha Elizabeth II deu sua bênção para Camilla se tornar "rainha consorte", resolvendo uma questão de longa data sobre o tratamento da esposa de Charles.

Convidados

Em 1953, 8.251 convidados de 181 países e territórios participaram da coroação de Elizabeth II. Entre eles estavam muitos representantes de monarquias estrangeiras, mas nenhum soberano europeu, respeitando uma tradição real. 

Após a cerimônia, uma longa procissão acontece pelas ruas de Londres. Embora a Abadia de Westminster e o Palácio de Buckingham estejam a menos de 1,5 km de distância, a rota da procissão foi de 7,2 km em 1953 para permitir a participação do maior número de pessoas possível.

(AFP)

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