O deslizamento de terra causado pelas fortes chuvas na ilha italiana de Ísquia (sul), no último sábado (26), deixou oito mortos – conforme um novo balanço divulgado nesta segunda-feira (28) pela prefeitura de Nápoles. Além disso, quatro pessoas continuam desaparecidas, cinco ficaram feridas, e 230, desabrigadas, em Casamicciola Terme, cidade de 8.000 habitantes onde ocorreu a tragédia.
O governo declarou estado de emergência em Ísquia para poder mobilizar rapidamente meios e fundos para intervenções urgentes e a instalação de abrigos. Mais de 650 socorristas foram enviados para a ilha, localizada na baía de Nápoles, para ajudar as vítimas do deslizamento de terra.
O deslizamento foi resultado de vários fatores: desmatamento, falta de manutenção e de prevenção e uma urbanização maciça. Citado pela edição desta segunda-feira do jornal "Il Corriere della Sera", o geólogo Aniello Di Iorio advertiu que a situação continua perigosa e que "uma boa parte da parte norte da ilha [...] ainda está em risco", incluindo Casamicciola Terme .
O jornal também citou o ex-prefeito daquela localidade Giuseppe Conte, que garante ter alertado várias administrações sobre o risco de deslizamentos quatro dias antes da tragédia. "Escrevi ao prefeito de Nápoles, à Defesa Civil de Nápoles [...] Ninguém me respondeu", lamentou. (AFP)