Cientistas italianos apresentaram um estudo em que concluíram que as mortes de Covid-19 em pessoas com um ciclo de vacinação completo se dão apenas em indivíduo 'hiperfrágil', efetivamente aqueles cuja média de idade é mais alta (85,5 anos) e entre os que possuem condições prévias (cinco comorbidades, como cardiopatias, demência e câncer). As informações são da agência de notícias italiana ANSA.
Para chegar a esse dado, os pesquisadores consultaram prontuários médicos de 1 de fevereiro a 5 de outubro de 2021. No período, 38.096 mortes por Covid ocorrem, sendo que 33.620 foram entre pessoas sem qualquer dose e 1.440 vacinados com ciclo completo.
“Os resultados", explica Graziano Onder, diretor do Departamento de Doenças Cardiovasculares, Endócrino-Metabólicas e Envelhecimento do ISS, "indicam claramente que as pessoas que morreram após completar o esquema de vacinação apresentam um alto nível de complexidade clínica. É possível hipotetizar que pacientes muito idosos com inúmeras doenças podem ter uma resposta imunológica reduzida e, portanto, ser suscetíveis à infecção por SARS-CoV-2 e suas complicações, apesar de terem sido vacinados. Essas pessoas muito frágeis com uma resposta imunológica reduzida, eles são os que mais podem se beneficiar de uma ampla cobertura de vacinação para toda a população, pois isso reduz ainda mais o risco de infecção. Reduzir a circulação do vírus é a melhor forma de protegê-los”, defendeu ele no estudo.