Em janeiro de 2021, apoiadores do ex-presidente do Estados Unidos Donald Trump invadiram o Capitólio, alegando fraude na eleição presidencial que elegeu Joe Biden. O episódio guarda semelhanças e diferenças com o episódio de domingo (8), em que manifestantes golpistas invadiram os edifícios da praça dos Três Poderes. Entre os pontos de encontro, está a vandalização de obras de arte.

Um busto do século 19 do ex-presidente americano Zachary Taylor foi manchado de sangue. Uma foto do Dalai Lama foi roubada e a moldura foi deixada para trás, jogada no chão. Um pergaminho da China de valor histórico foi arrancado da parede e rasgado. Uma mulher que assistiu a cena comentou que não queriam aquela "porcaria" chinesa.

A invasão, que deixou janelas, portas e móveis destruídos, poderia ter causado um dano ainda maior a obras de arte. Barabara A. Wolanin, curadora que já trabalhou com as obras que ocupam o Capitólio, disse ao The New York Times que a grande preocupação dela era que tivessem danificado as telas de mais de cinco metros que retratam a fundação da república do país ou as várias estátuas que ocupam o National Statuary Hall.

A curadora também temia que os invasores tivessem danificado as estátuas que ocupam o National Statuary Hall, ao todo 35 obras que representam figuras proeminentes dos Estados Unidos. Por sorte, as estátuas não sofreram danos.

Na época, foi estimado que os custos com a destruição de móveis, vidros e com o restauro de obras de arte passaria dos U$ 30 milhões -cerca de R$ 157 milhões. No Brasil, as autoridades ainda calculam o valor do dano causado pela invasão, que deixou telas rasgadas e estátuas danificadas.

(Folhapress)