As famílias acreditavam que estavam a salvo no hospital Al Shifa de Gaza, mas os combates e bombardeios são incessantes, e milhares de civis se encontram presos, sem possibilidade de escapatória.
"Se sairmos, seremos alvejados", afirma Ahmed al Shawa, de 18 anos, que chegou a Al Shifa após fugir de seu bairro Tel al Hawa, na Cidade de Gaza, onde as tropas israelenses lutam contra os combatentes do movimento palestino Hamas.
Mas, se este jovem permanecer no hospital, corre o risco de acabar sob as bombas que provocam devastação na Faixa de Gaza há mais de um mês.
No dia 7 de outubro, o movimento islamista Hamas, que governa este território palestino, lançou um ataque sem precedentes contra Israel que deixou 1.200 mortos, a maioria civis, segundo as autoridades israelenses.
Em resposta, Israel iniciou uma ofensiva que já provocou mais de 11.000 mortes na Faixa de Gaza, segundo o Ministério de Saúde do Hamas.
Como todos os demais deslocados refugiados em Al Shifa, Ahmed al Shawa abandonou o pátio do hospital para se instalar em uma enfermaria lotada dentro do centro médico.
O jovem contou que estilhaços caíram no pátio, onde os deslocados estavam instalados em barracas precárias. (AFP)