Ameaça

Putin diz estar pronto para utilizar armas nucleares, mas não na Ucrânia

Presidente afirmou que pode usar arsenal se a soberania russa for ameaçada

Por Agências
Publicado em 13 de março de 2024 | 07:33
 
 
 
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou, nesta quarta-feira (13/03), estar pronto para usar armas nucleares em caso de ameaça à soberania e à independência do país.

Em entrevista a uma emissora estatal de televisão, o líder russo disse ter esperanças de que os Estados Unidos evitarão qualquer escalada que possa dar início a uma guerra nuclear, mas enfatizou que as forças do país estão prontas para um cenário desse tipo. Perguntado se já considerou alguma vez usar armas nucleares na guerra da Ucrânia, Putin respondeu que não houve necessidade para tanto.

O líder russo também manifestou confiança de que Moscou atingirá os objetivos estabelecidos na Ucrânia e manteve a porta aberta para um diálogo de paz, que dependeria de firmes garantias do Ocidente.

O presidente Vladimir Putin afirmou que a tríade nuclear russa, ou seja, as três formas de lançar armas nucleares, por terra, mar e ar, é "muito mais" avançada e moderna que a dos Estados Unidos. "Nossa tríade, a tríade nuclear, é mais moderna que qualquer outra tríade. Apenas nós e os americanos temos estas tríades. E nós avançamos muito mais aqui", disse Putin.

Os Estados Unidos "estão desenvolvendo os seus componentes, nós também, na minha opinião isso não significa que queiram iniciar uma guerra nuclear, mas se quiserem (...) estamos prontos", acrescentou.

Putin negou mais uma vez que pense em utilizar as armas nucleares na Ucrânia, apesar de suas ameaças veladas no passado. "Por que deveríamos utilizar meios de destruição em massa? Nunca houve tal necessidade", declarou, antes de destacar que a doutrina militar russa prevê o uso de armas do tipo apenas se a existência da Rússia estiver ameaçada ou no caso de "um ataque à nossa soberania e independência". 

O presidente russo também reagiu pela primeira vez às declarações do presidente francês Emmanuel Macron, que em 26 de fevereiro afirmou "não descartar" o envio de tropas de países ocidentais à Ucrânia. Putin afirmou que isto não mudaria nada. "Se falarmos de contingentes militares oficiais de países estrangeiros, tenho certeza de que isto não mudará a situação no campo de batalha. Esta é a coisa mais importante, assim como o fornecimento de armas não muda nada", disse Putin.

(AFP e Estadão Conteúdo)

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