Violência

Relembre como foi a invasão ao Capitólio, nos EUA, que completou 2 anos

O ato antidemocrático contra o Congresso norte-americado deixou cinco mortos em janeiro de 2021

Por O Tempo
Publicado em 08 de janeiro de 2023 | 16:16
 
 
 
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A invasão ao Congresso Nacional,  Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro - comandada por um grupo de manifestantes apoiadores de Jair Bolsonaro que não aceitam o resultado das eleições presidenciais - ocorre exatamente dois anos após o Capitólio, centro legislativo dos Estados Unidos, ter sido completamente depredado por apoiadores de Donald Trump, derrotado por Joe Biden ao tentar a reeleição naquele país. Em ato semelhante ao registrado neste domingo (8) no Brasil, o edifício norte-americado foi invadido por centenas de pessoas em 6 de janeiro de 2021, em um ato violento classificado pelo mundo como atentado à democracia. 

Cinco pessoas morreram na invasão ao Capitólio. Desde então, ocorreram mais de 950 prisões, mas, segundo o secretário de Justiça do país, Merrick Garland, "o trabalho não terminou". "Continuamos decididos a julgar todos os responsáveis pelo ataque à nossa democracia", afirmou, no último dia 6. 

Atualmente, a polícia norte-americana ainda procura 350 pessoas que participaram do ato violento, além de estar no encalço do suspeito de ter plantado uma bomba caseira perto da sede do Congresso na véspera do ataque. 

Mais de um terço dos detidos já foram julgados, sob acusações que vão de "entrada sem autorização" a "perturbação da ordem pública", enquanto 192 receberam penas de prisão, segundo o promotor federal de Washington, que supervisiona a investigação.

A polícia federal americana (FBI), que ainda busca identificar 350 suspeitos, voltou a pedir a ajuda da população, nesta quarta-feira. Também aumentou de US$ 100 mil para US$ 500 mil a recompensa para quem fornecer informações que levem à prisão de quem plantou uma bomba artesanal (que não explodiu) na noite de 5 de janeiro de 2021, perto do Congresso.

Biden condena atos contra o Capitólio

Na última sexta-feira (6), o presidente dos EUA, Joe Biden disse que  “não há lugar para violência política” nos Estados Unidos, ao condecorar os policiais que enfrentaram uma multidão de apoiadores de Donald Trump.

Os EUA são “uma terra de leis e não de caos”, afirmou o democrata de 80 anos, antes de saudar os homenageados, “um notável grupo de cidadãos americanos”.

O ato ocorrou em um momento em que legisladores republicanos que defendem algumas das mesmas ideias dos agressores de 6 de janeiro seguem bloqueando a eleição de um presidente da Câmara dos Representantes. (Com informações de agências)

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