O Brasil enfrenta, neste momento, uma séria tensão comercial com os Estados Unidos (EUA), nosso segundo maior parceiro nas exportações do agronegócio. A possível taxação de 50% sobre produtos brasileiros, se confirmada, pode gerar impactos profundos: desemprego, enfraquecimento da economia, quebra de cadeias produtivas e perda de competitividade no mercado internacional.
O agro brasileiro é uma força que move a economia nacional. Somos líderes mundiais na produção e exportação de itens como café, soja, carne bovina, aves, suco de laranja, açúcar, celulose, entre muitos outros, que chegam a mais de 180 países. Essa posição de destaque internacional é fruto de décadas de trabalho, investimento e estratégia, que consolidaram o Brasil como referência global em segurança alimentar.
Em Minas Gerais, o setor também mostra sua força. Somos o maior produtor de café do país e referência em produção de proteína animal, frutas, laticínios, celulose, queijos, cachaça, azeites e diversos outros produtos de excelência, que movimentam a economia mineira e projetam o estado como um dos maiores exportadores do Brasil. Apenas em 2024, batemos recordes históricos de exportação, e a expectativa é repetir o feito em 2025. Esses resultados sustentam o PIB estadual e geram emprego e renda para milhares de famílias no campo e nas cidades.
O risco de uma retração na parceria comercial com a maior potência do mundo, caso a medida avance, é preocupante. Quando o produtor perde o acesso ao mercado internacional, ele não tem alternativa: arranca o cafezal, encerra o confinamento, abandona a produção.
Ninguém consegue produzir para vender abaixo do custo. E, quando o campo para, a cidade para junto: o vendedor de insumos perde o cliente; o lojista perde vendas; a indústria fecha postos de trabalho; o consumo desaba.
É preciso buscar uma solução diplomática e técnica, que preserve o mercado, garanta segurança jurídica e comercial ao produtor e proteja uma cadeia produtiva que gera milhões de empregos no Brasil. Como país emergente, não podemos abrir mão de parcerias estratégicas nas relações internacionais. A receita obtida com as exportações é o que garante investimentos em educação, saúde, infraestrutura e inovação.
É hora de agir com responsabilidade e diplomacia. Defender o agro é defender o Brasil.