Opinião

A economia em 2022

Brasil terá a oportunidade de se modernizar diante do mundo

Por Juarez Alvarenga
Publicado em 04 de janeiro de 2022 | 03:00
 
 
 
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Os vários ciclos da economia se sustentaram no decorrer do tempo. Pensadores de vanguarda usaram vários métodos para dinamizar o mercado, principalmente no sistema capitalista. As respostas eram limitadas. Onde a sociedade respondeu mais ativamente às índoles capitalistas foi nos EUA. Hoje, a metodologia macroeconômica se universalizou. A inteligência econômica passou a ser universalmente usada, e as respostas, principalmente nos emergentes, homogeneizaram com os países de pontas.

A guerra econômica perdeu seus protagonistas hegemônicos. A simetria econômica começou a delinear na nova panorâmica econômica.

Com esse novo quadro de erupções econômicas, a economia passa ser exercida no plano. Antigamente, havia um desnível abismal. Não existiam confrontos, mas contratos de adesões. 

Com o nivelamento econômico universal, surgem novas crises na Europa e nos EUA.

A filosofia capitalista exaure plenamente. O sistema financeiro, juntamente com o déficit públicos das nações, se aprofunda. A ortodoxia econômica é aplicada, e o Keynesismo, receita do século passado, é aperfeiçoado.
Depois do furacão das crises sistêmicas europeias provocadas pelo coronavírus, as labaredas agudas de picos universais começam a se dissipar e, em breve, teremos uma economia normal.

Os conjuntos de problemas trouxeram um conjunto de soluções. Foi uma crise solidária que começou a ter êxito pelo denominador comum de soluções.

O Brasil, acompanhando o processo, resistiu o fracasso simultâneo até o final. Políticas de diminuição do consumo, desonerações fiscais ou política cambial valorizada responderam com imediatismo uma crise com de maneira relativamente confortável. Com mercado interno consistente porém adormecido pela política de credito contido, faíscas de contenção do mercado passageiras foram as soluções mais inteligentes do momento porém não definitivas.

Agora, o problema é o crescimento. Para isso, precisa organizar a oferta de produtos.

Reformas estruturais e conjunturais são necessárias. A principal delas é a educação. Sabemos que inteligência acadêmica não tem classes sociais. O investimento nesta área, além de ser fundamental para o progresso material, é um gigantesco plano de inclusão social.

Outro é investimento estatal em infraestrutura. Com um novo Brasil é necessária uma nova estrutura para aumentar o empreendedorismo. A este instrumento de crescimento devemos adicionar segurança jurídica. Certeza de lucro aumenta o investimento privado e estrangeiro. Secundariamente é necessário dar uma olhada nas reformas trabalhistas. Flexibilizar as leis trabalhistas parece uma questão de equidades progressistas.

O Brasil de 2022 tem plenas condições de crescer 3% do PIB. Isto é um bom começo, mas nosso potencial de crescimento é bem superior a isto.
Enfrentamentos de problemas que adormece num campo exaustivamente sereno impedem o Brasil de fazer reformas necessárias; porém, difíceis de dádivas econômicas expressivas destes que implantadas efetivamente.

Em 2022 a Europa e os EUA darão sinais mensuráveis de fortalecimento de suas economias. A China manterá a ascensão, cabendo ao Brasil aproveitar a oportunidade para se modernizar e se apresentar ao mundo como um país democraticamente resolvido, economicamente atraente e existencialmente comprometido com a vida e a felicidade.

 

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