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Agricultura familiar e cooperativista

Fundamental para abastecimento e geração de emprego e renda

Por Ronaldo Scucato
Publicado em 11 de março de 2024 | 07:00
 
 
 
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Chegamos à metade da Década das Nações Unidas para a Agricultura Familiar, período compreendido entre 2019 e 2028, proclamado pela ONU para um trabalho mundial e coletivo de fortalecimento dos pequenos produtores rurais.  

É uma boa hora para refletir sobre o que estamos fazendo e como podemos intensificar esforços para impulsionar esse segmento, que responde por cerca de um terço da produção global de alimentos, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). 

No Brasil, as propriedades familiares têm um papel especialmente relevante. São elas que colocam 70% dos alimentos na mesa dos brasileiros. Se pensarmos nas expectativas de crescimento da população mundial e nos desafios que vêm pela frente no sentido de garantir a segurança alimentar – em outras palavras, a mitigação da fome – no planeta, teremos uma ideia mais precisa da dimensão dessa produção. 

A agricultura familiar tem sido e será cada vez mais fundamental para o abastecimento de alimentos e a geração de emprego e renda. Nesse compasso, as cooperativas ocupam lugar estratégico de apoio ao segmento. São elas que propiciam as condições necessárias para que os pequenos produtores cresçam e se desenvolvam, aumentando seus negócios e escoando sua produção. 

Famílias que produzem em suas próprias terras contam com o cooperativismo para vender seus produtos, em primeiro lugar, mas também para ter acesso facilitado ao crédito e à tecnologia, para contar com oportunidades de mercado em nichos específicos e para alcançar mais rentabilidade em seu negócio.  

Benefícios que só são possíveis quando se tem ação coletiva, em cooperação. 

Não podemos nos esquecer ainda do papel que esse modelo de negócios desempenha na geração de um crescimento sustentável e socialmente responsável. O Sistema Ocemg, que representa as cooperativas em Minas Gerais, cumpre bem essa tarefa de fomentar a sustentabilidade no setor, acompanhando, aderindo e estimulando práticas de gestão inovadoras e compromisso com a sociedade e o meio ambiente. 

Somos signatários do Pacto Global da ONU e estamos engajados nas metas e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que compõem a Agenda 2030. No escopo do Programa +Coop Desenvolvimento Sustentável, a entidade realiza o mapeamento de vocações econômicas locais e oportunidades de desenvolvimento de novos negócios, com potencial de geração de riqueza nas comunidades. Muitos dos atendimentos feitos a partir desse projeto têm foco na organização de cadeias produtivas ligadas à agricultura familiar. 

 Com isso, caminhamos sempre em linha com as propostas da ONU e de todas as organizações, públicas e privadas, que estejam comprometidas em ajudar esse segmento a produzir cada vez mais, contribuindo para a soberania alimentar em Minas, no Brasil e no mundo. 

(*) Ronaldo Scucato é presidente do Sistema Ocemg 

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