Opinião

Fisioterapia e terapia ocupacional

Profissões essenciais no mundo pós-covid

Por Anderson Coelho
Publicado em 13 de outubro de 2021 | 03:00
 
 
 
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Na história das profissões no Brasil, 13 de outubro é um dia que já dura 52 anos. Nessa data, em 1969, o governo federal regulamentou a fisioterapia e a terapia ocupacional no país. E foi por esse motivo que 13 de outubro se tornou, novamente por lei federal, em 2015, o Dia Nacional do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional. 

Em 2021, lamentavelmente, chega-se a esse dia logo após ultrapassada a marca de 600 mil brasileiros mortos pela Covid-19 em pouco mais de um ano e meio de pandemia. Número ainda maior, embora não calculado com precisão, é o de pacientes que sobreviveram ao coronavírus, mas apresentam diversas sequelas da doença, que caracterizam a chamada síndrome pós-covid. 

 A recente desaceleração das estatísticas brasileiras da pandemia, resultante do avanço da vacinação em todo o território nacional, dá força à esperança coletiva de superarmos a atual crise sanitária. Será uma caminhada longa e difícil: anos de convivência com o luto causado pelas perdas humanas, com o esforço para a reconstrução econômico-social e, não menos importante, com o comprometimento da qualidade de vida pelas sequelas pós-covid. 

Nesse novo contexto, novos desafios à saúde pública, em meio aos quais a fisioterapia e a terapia ocupacional se mantêm essenciais – para restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física e mental dos pacientes, respectivamente, como prevê o decreto-lei de 1969 que serviu de “certidão de nascimento” das duas profissões no Brasil.

Para realizar gratuitamente avaliação fisioterapêutica e terapêutica ocupacional de pacientes com sequelas decorrentes da covid-19 em nosso estado, foi criado o Programa Supera Minas pelo Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 4ª Região MG (Crefito-4 MG). A ação beneficiou 55 municípios de todas as mesorregiões mineiras, a partir de agosto, fechando seu itinerário de visitas no início de outubro para marcar a abertura do mês das duas profissões.

Outubro chega carregando a perseverança que a fisioterapia e a terapia ocupacional sempre representaram ao longo da história, como profissões do futuro e de recomeços, invariavelmente com a mão estendida à humanidade e ao indivíduo quando precisam se reerguer. Após uma epidemia, uma guerra mundial ou um trauma pessoal, cada paciente é único e tratado como tal pelo fisioterapeuta e pelo terapeuta ocupacional, que neste século se consolidam como profissionais de primeiro contato e com prática baseada em evidências científicas. 

O mundo pós-covid-19 precisará como nunca da fisioterapia e da terapia ocupacional, que estarão presentes e preparadas como sempre. Apesar das dificuldades dos nossos dias, o Brasil pode celebrar, de outubro a outubro, o reconhecimento e o desenvolvimento de duas profissões de alto nível, que assim foram criadas e mantidas nestes 52 anos de regulamentação no país. 

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