Opinião

Imóvel e cliente protegidos

O digital é mais seguro que o papel

Por André Penha
Publicado em 01 de março de 2020 | 03:00
 
 
 
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Hoje ninguém tem dúvida de que o cartão de crédito é mais seguro que o velho cheque. Existe roubo de cartão, é claro, mas fraudar um cheque era facílimo – como saber, na hora, se é de quem o “passou”? Tanto que muito comércio hoje nem aceita cheques, e boa parte da geração que nasceu em 1990 nunca assinou um na vida.

Esse mesmo tipo de fraude acontece com documento em papel. Imagine: um sujeito bem apessoado, arrumado, chega a uma imobiliária para alugar um apartamento. Ele apresenta os documentos necessários e faz uma oferta vencedora. Negócio fechado, tudo certo, não é?

E se essa pessoa estiver usando documentos falsos, muitos dos quais são difíceis de identificar só de se olhar? O resto da história é fácil de imaginar.

Gente mal-intencionada sempre vai existir. A diferença é que é mais difícil para esses malandros se darem bem no mundo digital, graças à tecnologia. Verificar documentos com Inteligência Artificial (IA) e bases de dados online é mais eficiente do que com os nossos olhos humanos. E a IA não se deixa enganar por aparência, comportamento e roupas bonitas.

Mais do que isso, no mundo digital, as pegadas dos malandros são muito mais difíceis de apagar e de serem esquecidas. Isso ajuda muito o trabalho de encontrar esses malfeitores.

É normal para nós, humanos, desconfiarmos da tecnologia e, depois de um tempo, aprendermos a gostar dela. É só lembrar do e-commerce. Quando surgiram as primeiras lojas digitais, tinha gente que achava arriscado colocar o número do cartão de crédito e até mesmo acreditar que a loja ia mesmo entregar o produto.

A rapidez da transação, a facilidade de uso e a segurança das compras – especialmente com todos os sistemas de proteção de usuários, que garantem o pagamento e a entrega – venceram todos esses medos ludistas. Não é à toa que muitas das maiores empresas do mundo são digitais.

Voltando àquela situação do aluguel, se tudo tivesse sido feito digitalmente, seria muito mais difícil para o malandro aplicar o seu golpe. A análise digital dos documentos logo teria disparado o alerta para uma possível fraude.

Cruzando vários bancos de dados instantaneamente, seria possível confirmar a validade do material apresentado e, no limite, até checar a identidade real da pessoa. Qualquer bandeira vermelha, e o processo de aluguel nem andaria.

Essa nem é a única vantagem, em termos de segurança, do modelo digital no aluguel residencial. O alto poder de processamento de dados ajuda a criar filtros melhores para achar a pessoa certa para cada imóvel. Isso permitiu a criação de modelos que dão a segurança ao proprietário de que ele vai receber sempre em dia e de que o imóvel está sempre protegido.

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